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Mengão sempre

Edson Moraes
A finalíssima da Copa do Brasil 2013 foi monumental, épica, inesquecível. Permanecerá durante muito tempo no imaginário coletivo como uma exemplar história de superação tipicamente flamenga. É claro que a conquista da mais qualificada edição da competição na história e a classificação para o principal certame continental em 2014 valeram muito.
Mas o acontecimento mais importante do dia 27 de Novembro, Dia da Consciência Rubro-Negra, foi a reafirmação da infinita capacidade do Flamengo em contrariar a lógica e subverter as mais ponderadas previsões para alcançar o que se julgava impossível. Quando muita gente andava esquecida do que era o verdadeiro Flamengo a conquista de mais um TRI campeonato atesta a inevitável repetição de um padrão e a normalidade dos tempos atuais. Como dizia o pensador rubro-negro Benito de Paula, tudo está no seu lugar. E continua como antes na Nação Rubro-Negra onde o sol nunca se põe.
Ainda estávamos em Janeiro e já se havia decretado, com a anuência de grande parte dos rubro-negros, que em 2013 tudo seria impossível ao Flamengo. O torcedor conformou-se com uma mediocridade planejada em nome da austeridade, em favor de uma profunda mudança de mentalidade na gestão do clube e no irreprimível desejo pequeno-burguês de andar pelas ruas com a cabeça erguida dos adimplentes. O preço a pagar por esse ajuste era altíssimo; não ganhar nada em 2013.
Ainda que tal preço fosse, para muitos, inaceitável, seguiu-se o planejamento à risca. O Flamengo perdeu a Taça Guanabara de bobeira, nem disputou a Taça Rio e viu o Carioca descer pelo ralo em um melancólico returno em que sequer nos classificamos para as semifinais. No atual campeonato Brasileiro fomos sempre figurantes de luxo, desde as primeiras rodadas afastados de qualquer pretensão além da permanência na Primeira Divisão.
Enquanto confirmava um destino sem glórias no Brasileiro o Flamengo ia cumprindo burocraticamente com suas obrigações na Copa do Brasil. Ganhando dos pequenos nas primeiras fases sem empolgar a ninguém e dando a nítida impressão que o momento em que os times envolvidos na disputa da Libertadores entrassem na competição marcaria nossa inevitável despedida da mesma. Como disfarça bem o Flamengo.
Porque nem mesmo o Flamengo sabe do que ele é capaz. Uma força como o Flamengo é impossível de ser contida sob os limites estreitos de um planejamento. Não há como mensurar a extensão dos poderes flamengos e aqueles que se propõem a planejar o seu futuro com as ferramentas da lógica sempre correm o risco de subavaliar nossas chances. O Flamengo não se mede.
Após três treinadores terem sido tragados pelo redemoinho da Gávea, sobrou para Jayme de Almeida, outro exemplo eloquente de subavaliação, conduzir o desacreditado Flamengo ao seu lugar de direito. Nascido e criado no solo sagrado à beira da Lagoa, Jayme fez o que estava ao seu alcance nos poucos meses que restavam do ano que já tinha nascido condenado. Jayme deixou o Flamengo ser Flamengo.
Setembro já estava quase acabando, mas foi só então que a mística flamenga encontrou espaço para se manifestar. O que era chumbo se transformou em ouro e os proscritos se tornaram heróis. Sempre no sapatinho, Jayme foi vendo seu prestígio crescer junto com o time, que se superava e deixava para trás adversários considerados imbatíveis. E assim foi até a nossa irrepreensível final contra genérico paranaense em noite de gala no Maracanã.
O Flamengo, sempre vocacionado para o épico, tinha sido o último campeão do velho colosso Maracanã. Nada mais natural que fosse o Flamengo também o primeiro campeão do novo e miniaturizado Maraca. Aquela casa, esteja ela do tamanho que for, indiscutivelmente nos pertence. E desde 1950 todo mundo sabe que quando o Flamengo vence ela se torna pequena demais para a nossa euforia. Porque o Flamengo nasceu na beira da praia, trabalha no Maracanã, mas mora no mundo.
Lembrem-se que a rodrigueana e brutal euforia flamenga não é mais funda, dilacerada ou santa. É apenas diferente. Enquanto todos os torcedores infelizes se parecem, cada rubro-negro é feliz à sua maneira. Entre os fechados com o certo há os dionisíacos, os apolíneos e os denímenêzicos. E ainda que a evolução progressiva da marra do torcedor do Flamengo sempre se baseie em fatos ela também resulta do múltiplo caráter desse espírito coletivo. Nós, os flamengos, sabemos ser tudo.
A alegria Flamenga não respeita limites geográficos e sociais, quebra barreiras aparentemente intransponíveis irmanando os desiguais sob a influência equalizadora do vermelho e o preto. Comemorando mais um título conquistado pelo onze da Gávea otimistas se abraçam com céticos enquanto místicos, liberais e puristas compartilham a mesma taça com materialistas dialéticos.
A verdade é que o Flamengo é assim o tempo todo, mas é mais fácil observar esse incomparável poder de transformar os diferentes em iguais quando as ruas são invadidas pelas hordas de bem vestidos gritando que o Mengão é TRI. Comemoração que em sua sétima edição já é uma tradição no Rio de Janeiro e no resto do país, já tendo se realizado em 1944, 1955, 1979, 1983, 2001 e 2009.
Para os não iniciados é quase impossível perceber as sutilezas da nossa rica composição multitudinária. A politraumatizada arcoirizada mal vestida só consegue nos enxergar como um descomunal arrastão vermelho e preto que os oprime e reafirma nosso domínio ruidoso e absoluto. Um domínio evidente demais para ser negado. E por isso mesmo tão combatido.
Esqueçam por um momento a natural humildade rubro-negra e olhem em sua volta, mulambos bem vestidos e tricampeões. Vejam nossos adversários. Estão todos prostrados a nossos pés. Pode zoar à vontade, não haverá réplica. Agora eles nos temem não apenas pelo que já realizamos, mas, principalmente, pelo que poderemos fazer.
É verdade que eles invejam nossa bela figura e cobiçam o que já conquistamos. Mas o que mais os assusta é o quão longe podemos chegar. Porque eles, melhor até do que nós mesmos, sabem que seja onde for, se deixarem o Flamengo chegar, fudeu.
Parabéns, Flamengo. E parabéns, torcida do Flamengo. Ainda não inventaram, e nem vão inventar, nada melhor do que nós mesmos.
Mengão Sempre

Espanhol... da gema!

Fui companheiro de fábrica de Juan. A única vez que desfilei em uma escola, foi quando ele ganhou um samba na Arranco e formamos uma ala só de amigos da PETROFLEX.

Grande Juan, parabéns

Paulo Morani 

Rachel Valença

Lá no Centro Cultural Cartola continuam as ações de salvaguarda decorrentes do reconhecimento, em 2007, do samba do Rio de Janeiro como patrimônio cultural do Brasil. Uma dessas ações é a tomada de depoimentos de grandes sambistas.
Não apenas dos grandes sambistas que conquistaram visibilidade na mídia, como Monarco, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara. Para nós, grandes são também todos aqueles que dedicaram sua vida ao samba, seja como compositor, puxador, passista, mestre-sala, porta-bandeira, carnavalesco, coreógrafo, pastora, dirigente, mas cuja existência só é conhecida no círculo a que chamamos mundo do samba. Desses, se nós - sambistas - não nos preocuparmos em registrar a vida e os feitos, é possível que o tempo apague a lembrança, o que seria uma perda irreparável para a memória da cultura desta cidade, deste país.
Foto: Acervo Pessoal

Por isso, a gente vai gravando depoimentos, que lá estão à disposição de quem quiser ouvir. E no sábado passado tive a satisfação de entrevistar Juan Antonio Alvarez Mendez, o Espanhol, compositor quinze vezes campeão de samba-enredo na escola de samba Arranco. Não o conhecia a não ser dos créditos nos selos e nos encartes dos discos. E seu depoimento, para minha surpresa, foi um dos mais importantes documentos culturais, um verdadeiro hino ao samba.
Juan nasceu na Galiza, região da Espanha, e só veio para o Brasil aos dez anos. Mas foi ainda lá, nesses primeiros anos de vida, que se tornou portelense. Como? O pai, que viera tentar a sorte no Brasil para fugir da ditadura franquista, mandava para a família as revistas O Cruzeiro e Manchete, para que os filhos fossem se familiarizando com o país onde em breve teriam de viver. O objetivo foi alcançado: ao vir para o Brasil, no final da década de 1950, Juan já conhecia de carnaval e se apaixonara pela então campeoníssima Portela.
Só que - quis o destino - sua primeira casa no Rio de Janeiro calhou de ser na Rua Adolfo Bergamini, no Engenho de Dentro, vizinha à quadra de um bloco que em 1973 viraria escola de samba, e azul e branca, como a Portela! Sem nunca aposentar a paixão portelense, foi no Arranco que Juan teve toda sua vivência de sambista: tornou-se compositor, e dos bons. Assinava seus sambas como Espanhol, forma como era carinhosamente tratado. Mas no Arranco não fez só samba: fez de tudo. Como acontece em escolas desse porte, há carência enorme, o que leva seus aficionados a se desdobrarem em todas as tarefas que se apresentam. Juan foi intérprete, foi diretor de harmonia, trabalhou no barracão, se desdobrou em funções várias.
Foto: Acervo Pessoal

As provas de amor do grande compositor à sua pequena escola são inúmeras. Mas uma merece ser mencionada: ao vencer a disputa de samba-enredo na Unidos da Tijuca, em 1993, com aquele Dança, Brasil, lembram?, por se tratar de uma escola do grupo especial, numa época em que a indústria fonográfica estava no auge, Espanhol esperava o pagamento de seus direitos autorais para realizar o sonho da esposa de trocar os móveis da casa. Mas, quando o dinheiro foi pago, o Arranco estava numa situação tão crítica, sem ter como desfilar, que o compositor não hesitou em aplicar lá todo o dinheiro ganho.
Graças a ele, o Arranco foi poupado, não foi rebaixado. Mas como explicar à esposa que o dinheiro já fora recebido e usado? Afinal, fora nós - sambistas fanáticos - quem mais aceitaria ou sequer compreenderia um absurdo desses?
A casa do Espanhol ficou sem os móveis novos, mas, mais do que a salvação do Arranco, esse episódio pessoal e doméstico se reveste de um incrível significado cultural e do que representa o samba na vida das pessoas. Não só dos cariocas, não só dos brasileiros, mas dos sambistas, que podem ter nascido em qualquer lugar do mundo, até na longínqua Galiza. E comprova que quem ama o samba dessa maneira incondicional e irrestrita e é tocado pelo dom da poesia é capaz de fazer sambas bons como os que nos acostumamos a ouvir com a assinatura do compositor Espanhol.
Copiado do site de Sidney Rezende

Se algo merece ser chamado de rock no Rock in Rio, é o show de Bruce Springsteen



Bruce Springsteen faz, hoje, o maior show de rock no mundo. O mais longo, o mais intenso: pelo menos três horas de duração. Ele sabe das coisas. Nos espetáculos no Brasil, tem tocado uma versão incrível de Sociedade Alternativa, o hino hippie de Raul Seixas e Paulo Coelho. Conseguiu decorar a primeira estrofe e não teve dúvida. Dane-se o sotaque. Fez a mesma coisa na Argentina e no Chile, onde interpretou Mercedes Sosa e Victor Jara, respectivamente.

“Eu quero uma experiência extrema”, ele diz. “Eu quero que a plateia vá embora com as mãos doendo, os pés doendo, as costas doendo, a voz rouca e os órgãos sexuais estimulados”.
Aos 63, Bruce dá um duro desgraçado no palco, martelando sua Fender Telecaster com seu estilo característico, contando suas histórias de gente comum. “Nos últimos 30 anos, eu tenho escrito sobre a distância entre o sonho americano e a realidade americana", afirma. Está experimentando um bom momento. A turnê Wrecking Ball, nome do último disco, foi a segunda mais vista nos EUA no ano passado.
Bruce sempre cantou sobre temas adultos. Ao contrário de Dinho Ouro Preto, que tem 13 anos, envelheceu com seu público. Quando lançou o primeiro álbum, Born To Run, em 1975, foi comparado a Bob Dylan. Suas grandes influências são artistas engajados como Woody Guthrie, Hank Williams e Dylan. Nos anos 80, virou um fenômeno. Born In the USA chegou a ser usada por Ronald Reagan. Springsteen teve de sair em defesa da música, declarando que o presidente não tinha entendido nada.
A E Street Band, que o acompanha desde o começo, é formada na verdade por músicos assalariados. Ali está o melhor amigo, o guitarrista e figuraça Steve Van Zandt, e a mulher Pattie Scialfa. O saxofonista Clarence Clemons, colega de Bruce desde os anos 70, morreu no ano passado. Bruce fez uma elegia bonita no funeral.
Em 1974, o crítico Jon Landau, produtor musical frustrado, estava em crise existencial. Aos 27 anos, ele foi assistir a um show de Bruce. Escreveu a resenha mais famosa da história do rock. “Na quinta passada, no Harvard Square theater, eu vi o passado do rock’n’roll desfilar diante dos meus olhos. E eu vi algo mais: eu vi o futuro do rock’n’roll e ele se chama Bruce Springsteen. E numa noite em que eu precisava me sentir jovem, ele fez com que eu me sentisse ouvindo música como se fosse a primeira vez”.
Bruce é quem incorpora com mais legitimidade o espírito do rock’n’roll num festival corporativo, parecido com uma convenção gigante de vendas. Quando está no palco suando, fazendo o número de fingir que está exausto para se levantar em seguida, parece que as mais de 600 marcas licenciadas somem. Não somem, é claro. Mas talvez essa seja a magia do rock.
Kiko Nogueira | Setembro 22, 2013 às 12:47 am | URL: http://wp.me/p32SsY-esG

Como o autismo ajudou Messi a se tornar o melhor do mundo

Os sintomas da Síndrome de Asperger trabalharam a seu favor.

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Messi é autista. Ele foi diagnosticado aos 8 anos de idade, ainda na Argentina, com a Síndrome de Asperger, conhecida como uma forma branda de autismo. Ainda que o diagnóstico do atleta tenha sido pouco divulgado e questionado, como uma maneira de protegê-lo, o fato é que seu comportamento dentro e fora de campo são reveladores.

Ter síndrome de Asperger não é nenhum demérito. São pessoas, em geral do sexo masculino, que apresentam dificuldades de socialização, atos motores repetitivos e interesses muito estranhos. Popularmente, a síndrome é conhecida como uma fábrica de gênios. É o caso de Messi.

É possível identificar, pela experiência, como o autismo revela-se no seu comportamento em campo — nas jogadas, nos dribles, na movimentação, no chute. “Autistas estão sempre procurando adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente”, diz Nilton Vitulli, pai de um portador da síndrome de Asperger e membro atuante da ong Autismo e Realidade e da rede social Cidadão Saúde, que reúne pais e familiares de “aspergianos”.

“O Messi sempre faz os mesmos movimentos: quase sempre cai pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de cavadinha, típico dele”, diz Vitulli, que jogou futebol e quase se profissionalizou. E explica que, graças à memória descomunal que os autistas têm, Messi provavelmente deve conhecer todos os movimentos que podem ocorrer, por exemplo, na hora de finalizar em gol. “É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele apenas repete um padrão conhecido. Quando ele entra na área, já sabe que vai fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem cumpriu sua missão e está  aliviado”.

A qualidade do chute, extraordinária em Messi, e a habilidade de manter a bola grudada no pé, mesmo em alta velocidade, são provavelmente, segundo Vitulli, também padrões de repetição, aliados, claro, à grande habilidade do jogador. Ele compara o comportamento de Messi a um célebre surfista havaiano, Clay Marzo, também diagnosticado com a síndrome de Asperger.

 “É um surfista extraordinário. E é possível perceber características de autista quando ele está numa onda. Assim, como o Messi, ele é perfeito, como se ele soubesse exatamente o comportamento da onda e apenas repetisse um padrão”. Mas autistas, segundo Vitulli, não são criativos, apenas repetem o que sabem fazer. “Cristiano Ronaldo e Neymar criam muito mais. Mas também erram mais”, diz ele.
Autistas podem ser capazes de feitos impressionantes — e o filme Rain Man, feito em 1988, ilustra isso. Hoje já se sabe, por exemplo, que os físicos Newton e Einstein tinham alguma forma de autismo, assim como Bill Gates.

Também fora de campo, seu comportamento é revelador. Quem já não reparou nas dificuldades de comunicação do jogador, denunciadas em entrevistas coletivas e até em comerciais protagonizados por ele? Ou no seu comportamento arredio em relação a eventos sociais? Para Giselle Zambiazzi, presidente da AMA Brusque, (Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Brusque e Região, em Santa Catarina), e mãe de um menino de 10 anos diagnosticado com síndrome de Asperger, foi uma revelação observar certas atitudes de Messi.

“A começar pelas entrevistas: é  visível o quanto aquele ambiente o incomoda. Aquele ar “perdido”, louco pra fugir dali. A coçadinha na cabeça, as mãos, o olhar que nunca olha de fato. Um autista tem dificuldade em lidar com esse bombardeio de informações do mundo externo”, diz Giselle. Segundo ela, é possível perceber o alto grau de concentração de Messi: “ele sabe exatamente o que quer e tem a mesma objetividade que vejo em meu filho”.

Giselle observou algumas jogadas do argentino e também não teve dúvidas:  “o olhar que ‘não olha’ é o mesmo que vejo em todos. Em uma jogada, ele foi levando a bola até estar frente a frente com um adversário. Era o momento de encará-lo. Ele levantou a cabeça, mas, o olhar desviou. Ou seja, não houve comunicação. Ele simplesmente se manteve no seu traçado, no seu objetivo, foi lá e fez o gol. Sem mais”.

Segundo Giselle, Messi tem o reconhecido talento de transformar em algo simples o que para todos é grandioso e não vê muito sentido em fama, dinheiro, mulheres, badalação. “Simplesmente faz o que mais sabe e faz bem. O resto seria uma consequência. Outra aspecto que se assemelha muito a meu filho”.

Outra característica dos autistas, segundo ela, é ficarem extremamente frustrados quando perdem, são muito exigentes. “Tudo tem que sair exatamente como se propuseram a fazer, caso contrário, é crise na certa. E normalmente dominam um assunto específico. Ou seja, se Messi é autista e resolveu jogar futebol, a possibilidade de ser o melhor do mundo seria mesmo muito grande”, diz ela.

A ideia de uma das maiores celebridades do mundo ser um autista não surpreende, mas encanta. Messi nunca será uma celebridade convencional. Segundo Giselle, ele simplesmente será sempre um profissional que executa a sua profissão da melhor forma que consegue — mas arredio às badalações, às entrevistas e aos eventos.

 “Ele precisa e quer que sua condição seja respeitada. Nunca vai se acostumar com o assédio. Sempre terá poucos amigos. E dificilmente saberá o que fazer diante de um batalhão de fotógrafos e fãs gritando ao seu redor. De qualquer modo, certamente a sua contribuição para o mundo será inesquecível”, diz ela.
 

CARIOCAS POR PAULISTAS! A DESCRIÇAO DO CARIOCA POR UM PAULISTA, SENSACIONAL,VALE A PENA LER!"

Foto: CARIOCAS POR PAULISTAS!
A DESCRIÇAO DO CARIOCA POR UM PAULISTA, SENSACIONAL,VALE A PENA LER!"

"Faz 1 ano. Desembarquei com esposa, cachorro e umas malas. A mudança veio no dia seguinte.  Levei 33 anos imaginando “como seria”, e agora tenho 1 pra contar “como foi”.
O Rio de Janeiro é a minha Paris. Eu não sonho com a tal de torre, nem me importo com o Louvre e nem acho do cacete tomar café naquela tal de Champs-Élysées. Eu acho charmoso ir a praia de Copacabana, tomar cerveja de chinelo no leblon e ir a um samba numa grande escola.
Sou paulista, nunca tive rivalidade bairrista em casa. Nunca me ensinaram a odiar o estado vizinho, ao contrário, sempre me foi dada a idéia de que estando no Brasil, estou em casa.
Ouvi mil mentiras e outras mil verdades sobre o Rio enquanto morei em São Paulo. Todas justas no final das contas.

Carioca exagera tudo, pra baixo e pra cima. Se elogiar a praia, ele exalta dizendo que é “a melhor praia do mundo”. Se falar que é perigoso, ele não nega. Diz que é “perigoso pra caralho”.
Trata sua cidade como filho. Só ele pode falar mal.

Cariocas não marcam encontro. Simplesmente se encontram.
A confirmação de um convite aqui não quer dizer nada. Você sugere “Vamos?”, eles dizem “Vamo!”. O que não implica em ter aceitado a sugestão.
Hora marcada no Rio é “por volta de”. Domingo é domingo. E relaxa, irmão. Pra que a pressa?
Em 5 minutos são amigos de infância, no segundo encontro te abraçam e já te colocam apelidos.
Não te levam pra casa. Te convidam pra rua. É curioso. Mas é que a “rua” aqui é tão linda que se trancar em casa é desperdício.
Cariocas andam de chinelo e não se julgam por isso.  São livres, desprovidos de qualquer senso de sofisticação.
Ao contrário, parecem se sentir mal num ambiente formal e de algum requinte.

“Porra” é um termo que abre toda e qualquer frase na cidade. Ainda vou a uma Igreja conferir, mas desconfio que até missa comece com “Porra, Pai nosso que estais…”.
Cariocas são pouco competitivos. Eu acho isso maravilhoso, afinal, venho da terra mais competitiva do país. E confesso: competir o tempo todo cansa.
Acho graça quando eles defendem o clube rival pelo mero orgulho de dizer que “o futebol do Rio” vai bem. Eles nem notam, mas as vezes se protegem.
Eles amam essa porra. É impressionante.

Carioca é o povo mais brasileiro que há, mas que é tão orgulhoso do que é que nem parece brasileiro.
Tem um sorriso gostoso, um ar arrogante de quem “se garante”.
Papudos, malandros, invocados. Faaaaalam pra cacete. E sabem que estão exagerando.
Eles acham que sabem  o que é frio. Imagine, fazem fondue com 20 graus!

A Barra é longe. Buzios, logo ali!
Niterói é um pedaço do Rio que eles não contam pra turista. Só eles aproveitam.
Nilópolis é longe. Bangu também.
Madureira é um bairro gostoso. O Leblon, vale os 22 mil por metro quadrado sugeridos pelos corretores.
Aliás, corretores no Rio são bem irritantes.

Carioca, num geral, acha que está te fazendo um favor mesmo se estiver trabalhando. É tudo absolutamente pessoal, informal.
Se ele gostar de você, te atende bem. Se não, não.
Tá com pressa? Vai se irritar. Eles não tem pressa pra nada.
Sabe aquela garota gostosa que sabe que é gostosa? Cariocas sabem onde moram.
O bairrismo deles é único.  Nem separatista, nem coitadinho. Apenas orgulhoso.  Ao invés de odiar um estado vizinho, o sacaneiam e se matam de rir de quem se ofende.

Cariocas tem vocação pra ser feliz.
São tradicionais, não gostam que o mundo evolua. Um novo prédio no lugar daquele casarão antigo não é visto como progresso, mas sim com saudades.
São folgados. Juram ser o povo mais sortudo do mundo.
E quem vai dizer que não?
No Rio você vira até mais religioso.  Aquele Cristo te olha  todo santo dia, de braços abertos. Não dá! Você começa a gostar do cara…

E aí vem a sexta-feira e o dom de mudar o ambiente sem mexer em nada.  O Rio que trabalha vira uma cidade de férias. As roupas somem, aparecem os sorrisos a toa, o sol, o futebol, o samba, o Rio.

Já ouvi um cara me dizer um dia que o “Rio é uma mentira bem contada pela mídia”.  Ele era paulista, odiava o Rio, jamais tinha vindo até aqui.
E é um cara esperto. Se você não gosta do Rio de Janeiro, fique longe dele.
É a única maneira de manter sua opinião.

Em quase toda grande cidade que vou noto uma força extrema para fazer o turista se sentir em casa. Um italiano em São Paulo está na Itália dependendo de onde for. Um japones, idem. Um argentino vai a restaurantes e ambientes argentinos em qualquer grande cidade.
No Rio de Janeiro ninguém te dá o que você já tem.  Aqui, ou você vira “carioca”, ou vai perder muito tempo procurando um pedaço da sua terra por aqui.
Não é verdade que são preconceituosos. É preciso entender que o carioca não se diz carioca por nascer aqui. Carioca é um perfil.
Renato, o gaúcho, é um dos caras mais cariocas do mundo.
Tem todo um ritual, um jeitinho de se aproximar.
Chame o garçom pelo nome, os colegas de “irmão”. Sorria, abrace quando encontrar. Aceite o convite, mesmo que você não vá.
Faça planos para amanhã, esqueça-os 10 minutos depois. Faça amigos, o máximo de amigos que conseguir.
Quanto mais amigos, mais cerveja, mais risadas, mais churrascos, mais carioca você fica.
E quanto mais carioca você é, mais você ama o Rio. Como eles.
Gosto deles. Gosto de olhar pra frente e não ver onde acaba.  Gosto de sol, de abraço, de rir muito alto e de não me achar um merda por estar sem grana.
Gosto de como eles se viram. Gosto da simplicidade e da informalidade que os aproxima do amadorismo.

A vida não tem que ser profissional.
Tem que ser gostosa.
E de gostosa, convenhamos, o Rio tá cheio.
Ops! Desculpa, amor! Escapou.

abs, merrrrmão!"
Rica Perrone
É a minha Paris

"Faz 1 ano. Desembarquei com esposa, cachorro e umas malas. A mudança veio no dia seguinte. Levei 33 anos imaginando “como seria”, e agora tenho 1 pra contar “como foi”.

O Rio de Janeiro é a minha Paris. Eu não sonho com a tal de torre, nem me importo com o Louvre e nem acho do cacete tomar café naquela tal de Champs-Élysées. Eu acho charmoso ir a praia de Copacabana, tomar cerveja de chinelo no Leblon e ir a um samba numa grande escola.


Sou paulista, nunca tive rivalidade bairrista em casa. Nunca me ensinaram a odiar o estado vizinho, ao contrário, sempre me foi dada a idéia de que estando no Brasil, estou em casa.
Ouvi mil mentiras e outras mil verdades sobre o Rio enquanto morei em São Paulo. Todas justas no final das contas.

Carioca exagera tudo, pra baixo e pra cima. Se elogiar a praia, ele exalta dizendo que é “a melhor praia do mundo”. Se falar que é perigoso, ele não nega. Diz que é “perigoso pra caralho”.
Trata sua cidade como filho. Só ele pode falar mal.

Cariocas não marcam encontro. Simplesmente se encontram.
A confirmação de um convite aqui não quer dizer nada. Você sugere “Vamos?”, eles dizem “Vamo!”. O que não implica em ter aceitado a sugestão.
Hora marcada no Rio é “por volta de”. Domingo é domingo. E relaxa, irmão. Pra que a pressa?


Em 5 minutos são amigos de infância, no segundo encontro te abraçam e já te colocam apelidos.


Não te levam pra casa. Te convidam pra rua. É curioso. Mas é que a “rua” aqui é tão linda que se trancar em casa é desperdício.
Cariocas andam de chinelo e não se julgam por isso. São livres, desprovidos de qualquer senso de sofisticação.


Ao contrário, parecem se sentir mal num ambiente formal e de algum requinte.

“Porra” é um termo que abre toda e qualquer frase na cidade. Ainda vou a uma Igreja conferir, mas desconfio que até missa comece com “Porra, Pai nosso que estais…”.


Cariocas são pouco competitivos. Eu acho isso maravilhoso, afinal, venho da terra mais competitiva do país. E confesso: competir o tempo todo cansa.


Acho graça quando eles defendem o clube rival pelo mero orgulho de dizer que “o futebol do Rio” vai bem. Eles nem notam, mas as vezes se protegem.
Eles amam essa porra. É impressionante.

Carioca é o povo mais brasileiro que há, mas que é tão orgulhoso do que é que nem parece brasileiro.


Tem um sorriso gostoso, um ar arrogante de quem “se garante”.
Papudos, malandros, invocados. Faaaaalam pra cacete. E sabem que estão exagerando.


Eles acham que sabem o que é frio. Imagine, fazem fondue com 20 graus!

A Barra é longe. Buzios, logo ali!
Niterói é um pedaço do Rio que eles não contam pra turista. Só eles aproveitam.


Nilópolis é longe. Bangu também.
Madureira é um bairro gostoso. O Leblon, vale os 22 mil por metro quadrado sugeridos pelos corretores.
Aliás, corretores no Rio são bem irritantes.

Carioca, num geral, acha que está te fazendo um favor mesmo se estiver trabalhando. É tudo absolutamente pessoal, informal.
Se ele gostar de você, te atende bem. Se não, não.


Tá com pressa? Vai se irritar. Eles não tem pressa pra nada.
Sabe aquela garota gostosa que sabe que é gostosa? Cariocas sabem onde moram.


O bairrismo deles é único. Nem separatista, nem coitadinho. Apenas orgulhoso. Ao invés de odiar um estado vizinho, o sacaneiam e se matam de rir de quem se ofende.

Cariocas tem vocação pra ser feliz.
São tradicionais, não gostam que o mundo evolua. Um novo prédio no lugar daquele casarão antigo não é visto como progresso, mas sim com saudades.


São folgados. Juram ser o povo mais sortudo do mundo.
E quem vai dizer que não?


No Rio você vira até mais religioso. Aquele Cristo te olha todo santo dia, de braços abertos. Não dá! Você começa a gostar do cara…

E aí vem a sexta-feira e o dom de mudar o ambiente sem mexer em nada. O Rio que trabalha vira uma cidade de férias. As roupas somem, aparecem os sorrisos a toa, o sol, o futebol, o samba, o Rio.

Já ouvi um cara me dizer um dia que o “Rio é uma mentira bem contada pela mídia”. Ele era paulista, odiava o Rio, jamais tinha vindo até aqui.


E é um cara esperto. Se você não gosta do Rio de Janeiro, fique longe dele.


É a única maneira de manter sua opinião.

Em quase toda grande cidade que vou noto uma força extrema para fazer o turista se sentir em casa. Um italiano em São Paulo está na Itália dependendo de onde for. 


Um japones, idem. Um argentino vai a restaurantes e ambientes argentinos em qualquer grande cidade.
No Rio de Janeiro ninguém te dá o que você já tem. Aqui, ou você vira “carioca”, ou vai perder muito tempo procurando um pedaço da sua terra por aqui.


Não é verdade que são preconceituosos. É preciso entender que o carioca não se diz carioca por nascer aqui. Carioca é um perfil.
Renato, o gaúcho, é um dos caras mais cariocas do mundo.
Tem todo um ritual, um jeitinho de se aproximar.


Chame o garçom pelo nome, os colegas de “irmão”. Sorria, abrace quando encontrar. Aceite o convite, mesmo que você não vá.
Faça planos para amanhã, esqueça-os 10 minutos depois. Faça amigos, o máximo de amigos que conseguir.


Quanto mais amigos, mais cerveja, mais risadas, mais churrascos, mais carioca você fica.


E quanto mais carioca você é, mais você ama o Rio. Como eles.
Gosto deles. Gosto de olhar pra frente e não ver onde acaba. Gosto de sol, de abraço, de rir muito alto e de não me achar um merda por estar sem grana.


Gosto de como eles se viram. Gosto da simplicidade e da informalidade que os aproxima do amadorismo.

A vida não tem que ser profissional.
Tem que ser gostosa.
E de gostosa, convenhamos, o Rio tá cheio.
Ops! Desculpa, amor! Escapou.

abs, merrrrmão!"

Rica Perrone

Reflexões para Domingo

As lições de Marco Aurélio, o imperador filósofo

Um amigo da humanidade

Um amigo da humanidade
Arrogância é própria dos tolos.
Marco Aurélio, que comandou o mundo no último grande momento de Roma, personificou o sonho de Platão: o imperador filósofo.

Ninguém poderia tornar realidade o sonho utópico de Platão com tanto esplendor. Como imperador, Marco Aurélio (121 – 180 d.C.) conduziu uma Roma já ameaçada a um período dourado.
Como filósofo, escreveu, em geral em acampamentos de guerra, palavras cuja sabedoria doce e resistente desafia a passagem do tempo.

Eram reflexões para si próprio, frases curtas e não obstante profundas que giravam, basicamente, sobre a efemeridade da  glória e da vida.

Um discípulo, depois da morte de Marco Aurélio, juntou-as num pequeno grande livro ao qual deu o nome de Meditações, que se transformaria num patrimônio da humanidade.

O pensador francês Ernest Renan, do século 19, disse que os seres humanos estariam sempre de luto por Marco Aurélio.

Não há exagero aí: conhecer Marco Aurélio é amá-lo. Suas observações são um fabuloso manual de conduta, e o que mais impressiona é que onde poderia haver um tom professoral existe, na verdade, uma imensa e comovedora doçura.

Ele não condena a miséria humana, e sim a compreende. Mais que isso, joga luzes com a força de seu exemplo sobre como lidar com ela.

Nos momentos de descrença e desilusão, mas não só neles, é um conforto ter Marco Aurélio por perto.

Releio-o com freqüência, e muitas vezes abro as páginas de minha velha edição ao acaso. (A melhor tradução de Marco Aurélio para o Brasil é da série Os Pensadores, da Abril Cultural: um primor.)
Sugestão do imperador filósofo para o começo de cada dia:

 “Previna a si mesmo ao amanhecer: vou encontrar um intrometido, um mal agradecido, um insolente, um astucioso, um invejoso, um avaro”.

Marco Aurélio é útil para uma infinidade de situações cotidianas. Somos extraordinariamente suscetíveis à idéia da glória, e é um convite ao bom senso ouvir, a esse respeito, quem foi o dono do mundo.

A arrogância, mostra ele, sustenta-se apenas na ignorância e na ilusão.

“Cada um vive apenas o momento presente, breve. O mais da vida, ou já se viveu ou está na incerteza. Exíguo, pois, é o que cada um vive.  Exíguo, o cantinho da terra onde vive. Exígua, até a mais longa memória na posteridade, essa mesma transmitida por uma sucessão de homúnculos morrediços, que nem a si próprio conhecem, quanto menos a alguém falecido há muito.”

A grandeza de espírito de Marco Aurélio legou à posteridade  exemplos memoráveis.
Descoberta uma conspiração e executado sem seu conhecimento o mentor, ele lamentou a perda da possibilidade de perdoar o traidor.

Entregaram-lhe a correspondência do conspirador.

Ele queimou-a sem lê-la.

Sua atitude diante da discórdia é inspiradora. Estamos a toda hora brigando com alguém e sendo tomados por sentimentos de rancor e aversão.

Em suas anotações, Marco Aurélio disse com majestosa sabedoria: “Sempre que você se desentender com alguém, lembre que em pouco tempo você e o outro estarão desaparecidos”.

É um dos chamamentos à paz e à concórdia mais simples e mais eficientes.

Em ingênua oposição ao cerne da filosofia de Marco Aurélio – a fugacidade de tudo -, ouso dizer que suas palavras são eternas.

Pela extinção dos índios no Brasil, por Jader Christo

            Na qualidade de neto de índio, fico chocado quando vejo um turista sendo recebido por um bando de coitados, ornados ridiculamente com penas de plástico, falando com sotaque de “caboclo” incorporado de Umbanda e dançando uma dança estranha com se tivessem um espinho em um dos pés e circulando mancando e grunhindo por uma “aldeia” mais deprimente ainda.

            Lógico que eu não ficaria tão indignado, se após essa apresentação, cada índio vestisse uma roupa decente, entrasse no seu carro e fosse para um casa decente.

            Mas continuam lá, vestindo trapos e morando indignamente.             É a discriminação cruel a qual são submetidos todos da etnia.             E justamente esta sociedade que vive bradando insistentemente por direitos de “esses” e ”daqueles”, é que acha normal manter pessoas como se fossem animais exóticos.             Quem achar que índio deve viver lá no mato, fazendo cocô na moita, morando numa oca fedida, sem calca, e se limpando com folha, deveria levar a própria família pra lá e sentir se é bom

Voltará cheio de picadas de mosquito, vermes, malária.


Não é justo, não é direito.


O índio só é considerado um problema  porque a sociedade insiste em considerá-lo sub-raça exótica, um bichinho primitivo, numa atitude discriminativa, preconceituosa.


Se existe um problema, este seria resolvido com uma atitude:


Considerá-los seres humanos participantes da sociedade e...

 Trabalho.

Colocar todo mundo pra trabalhar


A proposta é a seguinte:


Reunir todas as etnias, xavantes, tupis, ianomâmis.


Recolher as carteiras da FUNAI e distribuir carteira de trabalho.


E mandar todo o mundo procurar serviço. Participar da sociedade.

            O mundo girou, a sociedade moderna é mais confortável, e o índio (na condição de etnia), tem o direito a participar disso, embora muitos deles não saibam.             E embora ainda exista uma legião de preconceituosos, cravejados de “boas intenções” (que o diabo os carregue) que os querem assim, primitivos.             Claro que, se alguém ficar enchendo a cabeça deles com essa historia tradição, eles vão sempre acreditar que aquilo bom.

É um preconceito cruel achar que índio não pode evoluir.                  

 É chamar a todos de sub raça e iludir dizendo que eles têm que morar na selva.             Se fosse pensar desta forma, os descendentes de portugueses teriam que passar a vida plantando uva e pescando bacalhau e os descendentes de japoneses só poderiam plantar arroz.

Claro que não é assim.

            Todas as raças e povos que chegaram aqui no Brasil usam a tecnologia e o conforto disponíveis no mundo moderno.              Todos têm esse direito.                                                                                                          É lógico que tem uma meia dúzia lá na selva que não querem mais nada com o batente, pois já perderam o trem da história, mas então vamos então educar e preparar os filhos para viverem o mundo moderno.             Até porque, de qualquer forma, os jovens indígenas acabam vindo pra cidade mesmo, e sem nenhum preparo, porque algum idiota decretou que eles deveriam receber cultura regional , própria para indígenas, ou seja...nada.

Diriam: Temos que preservar cultura!


Cultura? Que cultura?

            Se tomarmos como exemplo os descendentes de alemães em Santa Catarina, que, para preservar a cultura, todo mês de outubro vestem roupas típicas. Reúnem aquelas alemãezinhas lindas de cinema.

E  desfilam!

 E enchem a “fuça” de cerveja e festejam!

Mas, na segunda feira... Vai lá ver!                                        


Todo mundo “a” um serviço.


Não tem ninguém parado esperando verba de governo para serem mantidos.

 

 E sabemos  que alemão tem muito mais cultura que índio.

Porque se “olhar” direitinho.


Índio não tem cultura nenhuma, índio na sabe de nada.


Você passa seis meses numa tribo e não aprende nada: os caras não sabem de p. nenhuma.


AH! Porque índio tem cerâmica milenar!


Cerâmica?


Que cerâmica?


Um vaso mal feito, “safado”. De barro mal cozido


Se colocar água, vaza.


E se colocar mantimento, quebra!

            Um vaso que ninguém tem coragem de colocar na sala de estar, perto de um vaso de porcelana chinesa.

Quebra a toa, vaza tudo que coloca dentro


Isso é técnica?


AH! Porque Índio tem pajelança!


Que pajelança?


Lembra do Augusto Ruschi?


Aquele que desenhava beija flores?


O Raoni (com aquele piercing  estúpido no beiço) fez pajelança pra curar ele.


Resultado?  Morreu!


Claro! Aquilo não vale nada.


Um “maluco”, cheio de “pinga”, grunhindo, que nem um macaco, vai curar alguém?


AH! Mas índio tem que honrar ancestrais!


Que ancestrais?


Índio não sabe nem quem é o pai!


Vai honrar que ancestral?


É uma bobageira, uma conversa fiada que não sei como as pessoas de bom senso aturam essa palhaçada.


É de doer.

            Tem gente que diz que índio conhece os segredos da floresta, conhece ervas...

Ervas!?

            Sejamos francos:             Qualquer “Pai de Santo” sabe prescrever uma receita de ervas melhor que índio.             Qualquer médiun pode baixar um caboclo, que é índio também, e fazer isso.             A pessoa marca uma consulta no terreiro, a Entidade indígena (ou africana) faz o download, senta no toco e avia uma receita completa de ervas.             E ainda acrescenta um banho de descarrego pra aliviar as tensões, mais um defumador pra espantar os maus espíritos e os mosquitos.                      E outra: após prescrever a receita, a Entidade volta pra Aruanda, o “aparelho” toma seu rumo, e vida que segue. E não custa nada para os cofres públicos.

Os cristãos dirão que tem que  evangelizar os índios.


Pra quê?


AH! Os filhos de Moisés...


Mas o quê um índio em a ver com Moises?


Com Isaías?


Os índios já têm uma legião de entidades pra cultuar;


È cabocla jurema, caboclo cobra coral, Cacique Ubirajara, Tupinambá...


Ainda vão “encher” a cabeça dos “caras” com Efrain, Elias, São Pedro, São Miguel...


Ah! Mas só Cristo salva!


Relativo ...

                     Quando o índio morrer, a própria Cabocla Jurema pega o cara, leva lá na porta do Céu , chama são Pedro e conversa...

- Foi Cristo que mandou?


- Não, São Pedro, mas o cara é gente boa, trabalhador, tomava umas cachaças de vez em quando, mas isso é de Lei.


E Deus é pai de todos, tudo se ajeita.


Não precisa de Pastor nem padre pra “encher o saco” dos índios.


Já basta o genocídio que os jesuítas promoveram.


Outra coisa: ONGs


Esses “caras” terão vai tomar um  rumo rapidamente.


Eles adoram que existam índios, porque assim podem conseguir recursos e verbas de tudo quanto é lugar do mundo .


Não sei pra quê, mas a “boca” deve ser boa , pois  ninguém quer largar o osso.


Chama-se o chefe da  ONG:


- Aí bonitão , tua ONG é da onde?


Da França?


Então volta pra lá e vê se acha um descendente do Asterix dá boa vida pra ele.


Preserva a cultura gaulesa.


E “vaza” batido daqui!


A proposta é dar ao índio o direito que todos têm.

                          Já viram uma escola numa aldeia indígena? Teto de palha, todo mundo sentado no chão, uma vergonha. Fazendo xixi na moita. E acham uma vantagem?

OH! índios sendo alfabetizado.


E alfabetização lá é meta de alguma coisa?

 A meta tem que ser o equilíbrio social                         Dessa forma o cara quando crescer só pode fazer duas coisas: ou trafica as coisas da floresta (vende bicho, madeira) ou faz artesanato indígena.

Alias, um artesanatozinho “sem vergonha”, mal feito.

 Qualquer ex-hippie , “chapado” de maconha faz artesanato melhor nas calçadas.

- Ah! A floresta precisa do índio!


Floresta não precisa de índio


Floresta precisa do passarinho que come uma fruta aqui e “caga” a semente acolá e assim vai replantando tudo.


Mas índio?          


Índio come peixe e farinha.


Cocô de índio é uma fedentina danada.


Só semeia mosca varejeira.


Floresta não precisa de índio.


Aproveita e acaba com essa mamata de FUNAI.


Verba pra tudo quanto é lado      


Verba pra preservar a flecha Xavante..


Verba pra preservar a chocalho Bororó.


Quem acredita nessa farsa?


A verdade é que colocam um presidente na FUNAI, depois diretores.


O diretor coloca o filho.


O filho traz a neta.


Aí vem um cara e come neta e entra também.





            Se for igual a certa neta “galinha” de Brasília, teremos  que abrir um departamento só para os comedores de netas.

                        Uma “festa” que só serve pra sustentar mais vagabundos ainda.  A proposta é a seguinte.                         O Índio trabalha normalmente de segunda a sexta (se não houver hora extra)                         Sexta feira, final de expediente: marca seu cartão, guarda as ferramentas direitinho, pendura o fardamento (ou leva pra lavar).                         E vai pra TABA.                         Junta seus pares, aquelas indiazinhas com os peitos bem pluminhos.                         E  Rop, Rop, Rop.( do inglês  Hop, Hop, Hop)

Vai socar chão o final de semana inteiro.


Enche  os “cornes” de cachaça.


E assim preserva a cultura.


Mas...


Segunda feira, 7 horas da manha.


Chega ao serviço. Marca cartão.


Veste seu fardamento... EPI completo


Passa a mão numa ferramenta


E ao invés de caçar quati, vai caçar serviço


Vai trabalhar.


Isso sim será a verdadeira cidadania para essa etnia que insistem em chamar de sub raça e decretam sua exclusão social eterna.


Ao fim dos índios.