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Sobre moral, bons costumes, corrupção, e HIPOCRISIA, no Brasil!
Precisei ir a Copacabana, pela manhã. Na volta, como estava mais perto, voltei por Ipanema andando.
Ao entrar em uma rua, parei para falar ao celular.
Daí em diante passou sob meu olhos um inusitado acontecimento. Um senhor, passou por mim,e dirigia-se a uma fila...de repente voltou e pude ouvir:
- Caramba, deixa o guarda sair dali.
Ele se referia ao um PM, que estava parado num dessas barraquinha, de esquina, do Rio, que faz chaves.
Mesmo no celular, me chamou a atenção.
Ué, pensei, por que o guarda o inibiria de algo.
Olhei em volta para ver se o seu carro estava estacionado.
Como havia um caminhão descarregando para um supermercado na esquina, pensei: ele deve ser o motorista.
Mas, não tinha pinta. Bem vestido daquele jeito, nada tinha a ver com o caminhão.
Ele voltou e ficou ao meu lado.
Ato contínuo, o PM se despediu do chaveiro, e passou por nós. Aí ele seguiu e entrou numa fila.
Três pessoas à sua frente, a fila era na direção de uma moça, que sentada numa dessas cadeiras escolares, para destro, ESCREVIA JOGO DO BICHO.
Isso mesmo, JOGO DO BICHO.
O senhor em questão demonstrou certo receio, pois o policial estava ali, ao lado, no chaveiro. Eu disse AO LADO.
Assim é o Rio de Janeiro. O Brasil.
O jogo do bicho que é uma "contravenção penal" sujeita o escrevente e o jogador a ser autuado e conduzido a uma delegacia, para ser fechado com prática da contravenção.
Vale dizer que hoje essas bancas usam até o cartão de crédito.
Essa tolerância com uma contravenção, por parte da policia, me faz perguntar:
E aí?
O jogo é ilegal, como a maconha e a cocaína.
Ninguém vai preso?
É possível então, eu montar uma banca de jogo de bicho e ganhar dinheiro?
Sabemos que não.
Como sabemos que esse tipo de jogo é administrado por pessoas "idôneas" que financiam....muitas coisas, dentre elas as Escola de Samba.
No entanto, em Copacabana a repressão ao camelôs é diária.
É preciso repensar esses conceitos de honestidade e corrupção.
Seriamente.
Sair dessa HIPOCRISIA!
Paulo Morani
02/07/2015
Justiça bloqueia bens do ex-prefeito de Caxias e de 24 acusados de corrupção
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio
de Janeiro - A Justiça Federal concedeu liminar determinando o bloqueio e
o sequestro dos bens do ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ), José
Camilo Zito dos Santos Filho, e de 24 acusados de envolvimento em um
esquema de corrupção que teria desviado mais de R$ 700 milhões da saúde
no município.
A decisão atendeu a pedido do Ministério Público
Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
(MPRJ). A 1ª Vara Federal de Duque de Caxias também suspendeu o repasse
de verbas públicas para duas organizações da sociedade civil de
interesse público (Oscip), a Associação Marca e o IGEPP (ou Instituto
Informare), acusadas de participar do esquema fraudulento.
De
acordo com as ações movidas pelo MPF e MPRJ, os convênios firmados com
as entidades foram superfaturados, sem qualquer mecanismo de controle e
fiscalização dos serviços prestados e dos recursos pagos, além de não
ter havido processos seletivos regulares.
Segundo a denúncia, as
instituições atuavam como fachada para desviar recursos públicos. Por
esse motivo, a Justiça proibiu o município de formalizar novas
terceirizações dos serviços públicos na área de saúde em favor de oscips
e determinou que a prefeitura do município reassuma a gestão da saúde
no prazo de 60 dias. Além disso, a administração municipal foi intimada a
depositar em juízo quase R$ 20 milhões referentes aos termos de
parceria irregulares.
Se condenados por improbidade
administrativa, além de ressarcir os cofres públicos, Zito e os demais
acusados podem perder as funções públicas, pagar multa, ter seus
direitos políticos suspensos e ser proibidos de contratar com o Poder
Público e receber benefícios fiscais.
A transferência de gestão
de unidades de saúde de Duque de Caxias começou em 2009, durante o
último mandato de Zito. Na ocasião, as instituições denunciadas recebiam
mensalmente milhões de reais para administrar essas unidades, mas a
situação não mudou: continuou a faltar médicos e produtos básicos de
limpeza sistema público de saúde.
As investigações concluíram
que as Oscips contratadas faziam parte do mesmo grupo, com sócios em
comum e funcionavam no endereço. A Associação Marca recebia mensalmente
mais de R$ 9 milhões para administrar seis postos de saúde, o dobro do
que a administração municipal desembolsava para cobrir os gastos das
mesmas unidades.
Além disso, o contrato de concessão dos
serviços para a Associação Marca previa que o município de Duque de
Caxias arcaria com os custos de instalação do escritório da ONG na
cidade. Para isso, a Associação Marca recebia mensalmente R$ 250 mil,
valor que multiplicado pelo número de meses de atuação da ONG chegava a
quase R$ 10 milhões.
Edição: Tereza Barbosa
Como o Brasil se situa no ranking mundial da corrupção
Paulo Nogueira
Um novo levantamento da Transparência Internacional
permite enxergar a floresta e não apenas a árvore
Um olhar para a floresta sempre ajuda a entender melhor a árvore.
Temos discutido intensamente, e apaixonadamente, a corrupção no Brasil.
Mas e o Brasil no mundo?
Um levantamento publicado hoje (05/12)pela
Transparência Internacional (TI) — entidade sem fins lucrativos
destinada a aferir a lisura dos países – ajuda a enxergar a árvore
brasileira no meio da floresta mundial.
O leitor do Diário pode adivinhar os países que estão no topo da honestidade e retidão. Sim, claro, os escandinavos.
A Dinamarca é o país mais limpo do mundo, segundo o estudo. A
Finlândia vem logo a seguir. Suécia, Noruega e Islândia estão no pelotão
da frente.
Pausa: a causa maior deste Diário é, modesta porém tenazmente,
contribuir para que o Brasil caminhe na direção da Escandinávia. Assim
estaremos na frente das listas boas – liberdade de imprensa, liberdade
de expressão, justiça social – e atrás na ruins, a começar pelo número
abjeto de miseráveis.
Bem, o Brasil ficou numa posição intermediária.
Entre 176 países estudados, ficamos na 69ª colocação. A TI atribui
notas que vão de 0 a 100. Como nas escolas, quanto mais altas, melhor.
O Brasil tirou a nota 43. A campeã Dinamarca, 90. Algumas
referências, abaixo do Brasil: a Itália, com 42, ficou em 72º lugar. A
Rússia, com 28, em 133º A Argentina, com 35, em 102º
Mais referências, agora acima: os Estados Unidos, com 73 pontos,
ficaram em 19º A Espanha, com 65, em 30º O vizinho Chile, com 72, em
20º
O Brasil ocupa uma posição intermediária, portanto. É, hoje, aquele
aluno mediano cujos pais nem se desesperam e nem se encantam com o
boletim.
Há um longo caminho a percorrer, se quisermos nos aproximar na Escandinávia, mas não estamos no marco zero.
E se colocarmos em perspectiva os dados anualmente compilados pela TI?
Bem, estamos melhor hoje do que estávamos.
Em 2000, por exemplo, a nota ia de 0 a 10, e os países pesquisados
eram 91 apenas. O Brasil, com 4 (o equivalente a 40 na métrica atual),
ficou na 46ª posição entre os 91 países estudados.
Claro: na frente, em todos estes anos, a Escandinávia.
O que fazer?
“Os governos devem levar suas ações anticorrupção a todas as esferas
públicas de decisão”, diz Huguette Labelle, presidente da TI. “As
prioridades são melhores regras para lobby e financiamento político,
mais transparência nos gastos e contratos públicos, e medidas para que
os órgãos públicos prestem mais contas para a sociedade.”
Uma das vantagens de levantamentos mundialmente respeitados como
estes da Transparência Internacional é que permitem, aos que têm boas
intenções, discutir corrupção sem gritaria e sem distorções
oportunistas. Permitem também constatar onde estão as melhores práticas e
adotá-las, para encurtar o caminho.
É inaceitável — como acontece no Brasil — que a discussão sobre a
corrupção se trave sem que a lição de limpeza dos países escandinavos,
invariavelmente campeões em ética pública, seja devidamente estudada.
Dê um google e veja quantas reportagens você encontrará sobre o
exemplo nórdico no combate à corrupção — e em tantos outros tópicos.
É uma lástima.
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