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Marcos Valério negocia delação premiada com Ministério Público

Publicitário promete entregar de 15 a 20 nomes de diversos partidos políticos

Condenado em 2012 a 37 anos de prisão, Marcos Valério pretende revelar às autoridades supostos crimes de corrupção que envolveriam de 15 a 20 nomes de diversos partidos políticos. O publicitário quer, em troca, garantias de que vai ter diminuição na pena.

A lista de Valério inclui políticos que integram o governo do presidente interino Michel Temer, do PT, PSDB, PMDB e outras legendas. As pessoas teriam ligação com o mensalão mineiro, que ocorreu durante governo de Eduardo Azeredo (PSDB), com o mensalão do PT e com a Lava Jato. 

Valério delataria deputados estaduais, federais, senadores e ex-senadores. Entre eles, há pessoas que ainda não apareceram nas investigações da Polícia Federal.

O advogado de Valério, Jean Robert Kobayashi negocia com o Ministério Público de Minas Gerais os termos da delação. A expectativa é que ele saia do regime fechado e vá para semi-aberto no início de 2017, se forem considerados os cursos de profissionalização que ele fez no presídio e a delação.

A última conversa com promotores mineiros sobre a possibilidade de delação ocorreu em 21 de junho. Segundo Kobayashi, o publicitário possui documentos guardados que serviriam para corroborar suas afirmações. 

Valério foi um dos personagens principais do esquema do mensalão ocorrido no primeiro mandato do governo Lula (PT) e cumpre pena no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Procurador sobre mensalão tucano: "pau que dá em Chico dá em Francisco"

O processo do “mensalão” está acabando. O senhor vai acelerar o processo do mensalão mineiro?
Pau que dá em Chico dá em Francisco. O que posso dizer é que, aqui na minha mão, todos os processos, de natureza penal ou não, vão ter tratamento isonômico e profissional. Procuradores, membros do Ministério Público e juízes não têm processo da vida deles. Quem tem processo da vida é advogado. Para qualquer juiz e para o Ministério Público todo processo é importante.

O crime de formação de quadrilha no mensalão mineiro já prescreveu. O senhor vê novos riscos?
Uma das minhas formas de trabalho aqui é dar a prioridade a qualquer processo com risco iminente de prescrição. Isso é buscar efetividade da justiça.

O senhor já disse que não deve pedir prisão imediata dos réus do “mensalão”. Mas vai agilizar os pareceres aos embargos infringentes?
Eu tenho de esperar o acórdão. Vou me desincumbir do que tenho de fazer o mais rápido possível. Mas não posso dizer se vou usar o prazo todo ou não. Vai depender do acórdão. Eu vou inclusive usar o recesso. Não vou tirar férias.

O senhor considera que o julgamento do “mensalão” foi um marco contra a impunidade?
Não. Eu tenho muito receio de dizer que um processo é um marco contra a impunidade, que é marco disso ou daquilo. Eu espero que isso contribua, dentro de um contexto maior, para que todo o processo chegue ao final com o resultado que a lei prevê. Será que esse é o grande marco? Não sei se é o grande marco. Eu olho pra trás e vejo que este julgamento, há 20 anos, não teria ocorrido, não existiria o processo. Essa tem que ser a grande mudança.

Por que não haveria processo há 20 anos?
Havia uma resistência a se aplicar igualmente a lei para todo mundo. Hoje a República é mais República.

O senhor comunga da ideia de que foi o maior escândalo da história do País?
O que é maior? Receber um volume de dinheiro de uma vez só ou fazer uma sangria de dinheiro da saúde, por exemplo. São igualmente graves, mas eu não consigo quantificar isso. Não sei o que é pior. Não sei se este é o maior caso de corrupção, não. Toda corrupção é ruim.

Talvez pelo envolvimento da cúpula de um governo.
E a [corrupção] difusa? Envolve também muita gente. Dinheiro que sai na corrupção falta para o atendimento básico de saúde, educação e segurança pública. Toda corrupção é ruim.

O senhor já disse que não defende a prisão agora dos condenados do “mensalão” com novo julgamento. E os demais?
Para esses, transitando e julgando a prisão é decorrente. Para os demais [que terão um segundo julgamento], só depois da publicação do acórdão.

O senhor defende a extinção do foro privilegiado ou a mudança poderia gerar mais impunidade?
Quanto mais se sobe o foro, mais diminui a revisão dos julgados. Se você diminui a revisão do julgado, maior é o risco de ter erro. Essas questões têm que ser colocadas de maneira clara na mesa para discutir esse assunto.

O senhor disse que tem disposição ao diálogo. Isso tem a ver com pessoas que o senhor investigará?
Investigação não é diálogo. Falo de relação institucional entre poderes.

Esse diálogo faltou nos últimos anos?
O Ministério Público se fechou. Virou uma instituição autista. Diálogo não é composição. Se eu tiver de investigar, eu vou investigar. Eu sou mineiro ferrinho de dentista.

Como o senhor pretende acelerar processos que estão no Ministério Público?
Vou dar maior transparência às questões que tramitam no gabinete do procurador-geral. A sociedade brasileira tem direito de saber o que tem aqui dentro, como tramitam os processos e os prazos. Eu quero abrir o gabinete. Minha segunda meta é acabar com os processos que ficam na prateleira. O acervo é a massa do diabo. Não podemos ter medo de arquivar e de judicializar.

O senhor é a favor de flexibilização das regras para criação de novos partidos?
Não temos de flexibilizar. Temos de cumprir a lei. A lei fixa os requisitos para a criação dos novos partidos. Nós temos de ver se os requisitos foram cumpridos. Ponto.

O senhor enviará proposta ao Congresso para diminuir benefícios salariais para os membros do Ministério Público, como auxílio-moradia ou licença prêmio?
Eu discuto o estatuto [do Ministério Público] como um todo. Para que eu possa enviar uma proposta cortando o que está previsto no estatuto, tenho que negociá-lo como um todo. Duvido que qualquer colega meu não deixe de trocar privilégio pela garantia de investigação.

Outros procuradores-gerais da República já saíram com a pecha de engavetador e prevaricador. O senhor quer deixar qual marca?
Quero deixar uma marca: simplicidade. Só.

Fernando Henrique Cardoso tem que tomar cuidado para não repetir a trajetória de Carlos Lacerda


FHC
FHC
Fernando Henrique Cardoso está diminuindo com o correr dos anos. Não na mesma velocidade de  José Serra, é certo, mas com constância.
Dona Rute faz falta? É possível. Talvez ela mitigasse a dificuldade com que a vaidade de FHC enfrenta a vantagem que Lula vai levando no combate pelo tamanho na história do Brasil diante da posteridade.
A despeito da mídia em seu ultraconservadorismo, forma-se um consenso segundo o qual entre FHC e Lula foi este último quem realmente inovou no combate ao que é claramente o maior mal do Brasil: a miséria, decorrente da abjeta distribuição de renda.
FHC acabou com a inflação, e isso é uma conquista gigantesca. Mas em políticas  sociais suas realizações foram pequenas, até porque ele estava cercado de economistas que as desprezavam.
Eram economistas profundamente influenciados pela Universidade de Chicago,  dominada pelas ideias do Nobel Milton Friedman, um economista de grande influência mundial nos anos entre os anos 1970 e 2000.
Friedman demonizava as políticas sociais como esmolas, e defendia um Estado mínimo e desregulamentado. Reagan, nos Estados Unidos, e Thatcher, na Inglaterra, foram os maiores propagandistas do ideário de Friedman.
Vista na época de FHC como uma receita infalível para fortalecer economias, a doutrina friedmaniana se revelaria, com os anos, um fracasso colossal. Ela está na origem da crise econômica mundial que castiga a humanidade desde 2007.
Um pequeno grupo se beneficiou do friedmanismo, o chamado 1% para usar a memorável expressão do Ocupe Wall St. E os 99% restantes, como dizia meu Tio Lau, se estreparam.
FHC é filho de seu tempo. Ele estava engaiolado, como era tão comum nos dias em que foi presidente, dentro da crença de que o friedmanismo era infalível. Nem os trabalhistas britânicos sob Tony Blair ousaram contestá-lo, e consequentemente se movimentaram para a direita.
Lula chegou em outro momento. No início da década de 2 000 o modelo de Friedman começava já a estertorar. A iniquidade social se revelou insustentável.  A maioria pilhada começou a protestar de forma cada vez mais intensa.
FHC não pecou lá para trás, porque o cenário era muito diferente.
Mas peca agora, ao não entender – ou ao fingir não entender – o mundo que está aí. E então ele parece querer ser maior que Lula no grito. Alinha-se ao conservadorismo nacional para tentar recriar o cínico  “Mar de Lama”  que tanto contribuiu para o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.
FHC fala agora em “crise moral”, como se não tivesse feito coisas como se outorgar por meios obscuros um segundo mandato não previsto na Constituição.
Desenho do Lan - Lacerda - O Corvo
A direita gosta, naturalmente. Mas isso não impede que FHC vá se aproximando de Carlos Lacerda, o mentor celerado do “Mar de Lama”, e mais tarde um personagem central no golpe militar de 1964.
Lacerda foi para a lata de lixo da história, merecidamente. Faça uma estátua para ele e ela será prontamente esculachada.
FHC ainda tem chance de não repetir a trajetória de Lacerda. Mas tem que se mexer.

Como e porque Gilmar Mendes e o PSDB mantêm Marcos Valério refém


by bloglimpinhoecheiroso
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Movimentação de habeas corpus no STF comprova que Gilmar Mendes, independente da condenação no “mensalão”, mantém Marcos Valério refém do PSDB.

“Relatório Reservado” entregue aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em final de julho de 2012 informa que chegara às mãos do senador Aécio Neves, por meio de Álvaro Rezende, cópia do depoimento que Marcos Valério pretendia fazer perante a Procuradoria Geral da República (PGR). Na mesma oportunidade, Valério entregaria documentos que comprovavam como funcionou o esquema de arrecadação ilícita no governo de Minas Gerais após 2002, por intermédio da gestora das verbas de publicidade, sua irmã, Andréa Neves.

Interlocutor de Marcos Valério, Álvaro Rezende, dono da R&C Propaganda, agência que acompanha Aécio Neves desde quando, na década de 1980, após a morte de seu avô, ocupou o cargo de diretor de Loterias da Caixa Econômica Federal, sob a presidência de Danilo de Castro. Mesma época do escândalo da Ghetec e da abafada morte da filha de um diretor da Caixa, afogada em uma piscina em função de uso excessivo de droga.

Rezende informara ainda à Aécio que Valério estaria desesperado e revoltado, pois tinha certeza que seria condenado pelo STF por pressão da mídia aliada do PSDB e que teria sido abandonado, estando passando dificuldades financeiras. Logo depois deste encontro, CartaCapital publicaria a “Lista do Mourão”. Investigações anteriores da Polícia Federal concluíram que o documento teria sido entregue por Mourão a Nilton Monteiro.

A repercussão da publicação de CartaCapital da “Lista do Mourão” e outros documentos mostrando como operou o esquema criminoso em Minas Gerais assustaram Aécio, que teria decidido agir para evitar que Valério cumprisse o prometido, determinando que fosse feito acordo. Na condução deste acordo, segundo o “Relatório Reservado”, estariam Danilo de Castro e o advogado de Marcos Valério.

Contratos do governo de Minas Gerais celebrados com as empresas de Marcos Valério, além do aval de Danilo de Castro em empréstimos considerados simulados pelo STF, foram investigados pela PF. Castro confessou que realmente havia avalizado o empréstimo, porém as justificativas não convenceram os investigadores.

Por meio de parecer do então procurador-geral Antônio Fernando e decisão do Ministro Joaquim Barbosa determinaram-se maior aprofundamento nas investigações pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP/MG). Os resultados destas investigações, se ocorreram, jamais vieram a público.

Segundo um ex-ministro do STF, pouco depois de CartaCapital divulgar [27/7/2012] a lista contendo o nome de Gilmar Mendes como um os beneficiados pelo esquema do “mensalão”, circulou entre os ministros do STF o “Relatório Reservado”.

Teria sido combinado que Valério não narraria fatos envolvendo o PSDB e se condenado ele cumpriria sua condenação em Minas Gerais, recebendo em troca de declarações contra Lula perante a PGR regalias no cumprimento da pena de prisão, além da retirada de mesa, para julgamento perante a 1ª Turma do STF, o habeas corpus nº 97.416 concedido liminarmente por Gilmar Mendes que possibilitou sua liberdade após prisão na “Operação Avalanche”, da Polícia Federal.

Trata-se de uma decisão monocrática quando Mendes exercia a presidência do STF e, seguindo parecer da PGR e da relatora ministra Carmem Lúcia, a mesma deveria ser revogada, restabelecendo a prisão. Em sua decisão, Gilmar Mendes afirmou que o juiz que determinou a prisão de Valério utilizou argumentos “fortemente especulativos”.

Para ele, o juiz que decretou a prisão preventiva expôs “simples convicção íntima, supondo que Rogério e Marcos poderão tumultuar as investigações com base em suspeitas sobre fatos passados, sem necessária indicação de ato concreto, atual, que indique a necessidade de encarceramento ou manutenção no cárcere em caráter provisório”. Os “fatos passados” a que Gilmar Mendes fundamentou sua decisão é a participação de Valério e Tolentino no esquema do “mensalão”.

Consta do relatório cópia da movimentação processual comprovando a retirada do HC de mesa da 1ª Turma do STF em 6 de setembro de 2012, em pleno julgamento do “mensalão” e cinco dias antes de proferida a primeira condenação contra Marcos Valério. O HC estava em mesa pronto para julgamento há dois anos, desde 08 de Junho de 2010.
A data da retirada do HC 97.416 de mesa da 1ª Turma coincide com a data do novo depoimento prestado por Marcos Valério perante a PGR acusando Lula.

Também acompanha o relatório cópia da ata de reunião do conselho de administração da Copasa, mostrando a aprovação de um termo aditivo em contrato de publicidade com a R&C Propaganda, origem dos recursos que teriam sido repassados a Marcos Valério. A Copasa foi uma das fontes de recurso público que abasteceu, em 1998, o esquema montado por Eduardo Azeredo, denominado “Mensalão do PSDB”.

Minas Gerais, estado governado pelo PSDB desde 2002, mantém controle absoluto sobre o Poder Judiciário e Ministério Público, onde às execuções das penas privativas de liberdade só ocorrem de acordo com sua vontade. Exemplo disto é a permanência em liberdade do ex-detetive Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho, condenado em janeiro de 2009 a 14 anos de prisão, pelo assassinato da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, na época com 24 anos.

O corpo da modelo foi encontrado num flat no Bairro de Lourdes, Centro-Sul de Belo Horizonte, em agosto de 2000 e ainda encontra-se pendente de investigação a acusação de crime de mando, contra o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e de diversas autoridades do governo mineiro.

Segundo o “Relatório Reservado”, fora em função e após o acordo que, através de um advogado de FHC, Gilmar Mendes teria recebido cópia das hoje comprovadas perícias fraudadas realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais, conduzidas pelo delegado Nabak a mando de Danilo de Castro, juntada na denúncia contra CartaCapital.

O único resultado prático do “Relatório Reservado” teria sido o de abortar o esquema montado, obrigando que Gilmar Mendes e o procurador-geral, Roberto Gurgel, afirmassem à imprensa que tinha pouca importância às declarações prestadas por Marcos Valério contra Lula.

Segundo o ex-ministro do STF, embora sem identificação de autoria e timbre, saiba-se que o constante no “Relatório Reservado” seria fruto de investigações da ABIN, que vem acompanhando de perto toda movimentação em torno do processo do “mensalão”, principalmente na defesa da integridade física do ministro Joaquim Barbosa.

Conforme noticiado por Novojornal, o Relatório da Polícia Federal relativo às investigações do “mensalão” encaminhado ao STF, cita que as investigações se basearam em uma lista aprendida, também conhecida como “Lista do Mourão”.

Encontra-se com o ministro Joaquim Barbosa o inquérito nº 3530 e no mesmo foi juntado denúncia sobre o esquema montado para forjar a perícia apresentada na acusação de Gilmar Mendes contra CartaCapital, atestando ser falsa a “Lista do Mourão”.

Como dito anteriormente, a “Lista do Mourão” foi apreendida anos antes e considerada autêntica no Relatório da Polícia Federal.

Acompanhando a denúncia estão documentos que comprovam como operou a organização criminosa junto ao Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Civil de Minas Gerais, além das transcrições de gravações de reuniões da organização criminosa feitas pelo advogado Joaquim Engler, narrando assassinatos, fraude processual, falsificação de documentos, suborno de promotores, juízes, desembargadores, peritos e delegados da Polícia Civil mineira.

Segundo o ex-ministro do STF, “este é o resultado de uma década de governo alienígena, descomprometido com a ética, moral e tradições mineiras, onde as instituições e a sociedade foram levadas a mais baixa degradação”.

Fatos e documentos comprovam o narrado no “Relatório Reservado”, cabendo agora ao ministro Gilmar Mendes e a seus colegas do STF explicar a sociedade, que assistiu e acompanhou o julgamento do “mensalão”, os motivos que os levaram a permitir que Marcos Valério permanecesse solto, através de uma liminar concedida e mantida pela manobra regimental de retirada do HC de mesa perante a 1ª Turma.

Para a opinião pública, através da imprensa, ao contrário do ocorrido, Gilmar Mendes e os demais ministros reclamam que a prisão de Marcos Valério demorará, tendo em vista diversos recursos que estão sendo e serão utilizados por sua defesa.

Caso Gilmar Mendes não apresente uma justificativa plausível, estará comprovada a tese de que Marcos Valério agiu a serviço do PSDB ao denunciar Lula e por trás estava não o ministro do STF e sim o homem de confiança do PSDB, que antes de ser ministro foi Advogado Geral da União do governo tucano de FHC, que o indicou para o STF.

Consultados por intermédio de suas assessorias, o governo de Minas Gerais, o senador Aécio Neves e o Ministro Gilmar Mendes optaram por nada comentar. A Copasa, consultada, informou ser normal a celebração de aditivos ao contrato de publicidade.

Documentos que fundamentaram a matéria:


















EXCLUSIVO: Relatório da Polícia Federal sobre o “Mensalão do PSDB”



Novojornal

Relatório desvenda ligações de Aécio Neves com organização criminosa do PSDB mineiro e comprova que lista contendo nome de Gilmar Mendes é legítima

Integrantes da PGR encaminharam segundo eles com exclusividade para Novojornal um manifesto acompanhado do “Relatório da Polícia Federal” que fundamentou a denúncia do Procurador Geral da República (PGR), Antônio Fernando de Souza, contra o então senador, hoje deputado federal, Eduardo Azeredo como o chefe da organização criminosa responsável pelo desvio de R$ 100 milhões, incluindo empresas estatais para sua campanha ao governo de Minas em 1998.

No manifesto Antonio Fernando é acusado de ter poupado o então governador mineiro, hoje senador Aécio Neves. Na página 86 do relatório da Polícia Federal, documento da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros cita LÍDIA MARIA ALONSO LIMA que, em seu depoimento, confirmou ter recebido R$ 15 mil do esquema, a pedido do deputado estadual Eduardo Brandão, primo do senador Eduardo Azeredo.

Ocorre que o ex-deputado já havia falecido e a justificativa de Lídia Maria Alonso Lima não convenceu a Polícia Federal. Na época do recebimento do dinheiro desviado dos cofres públicos, Lídia Maria Alonso Lima trabalhava na empresa COMERCIAL FACTORING LTDA, de propriedade de Andréia Neves da Cunha. Lídia Maria foi sócia de Andréia Neves, irmã do governador Aécio Neves da Cunha na empresa TAKING CARE. Tudo isso está na página 86 do relatório da PF.

Em seu depoimento na Polícia Federal Lídia confessou ter sido usada para colocar em seu nome rádios e empresas pertencentes à Andrea e Aécio Neves.

No mesmo relatório em sua pagina 11ª, a polícia federal relata em qual documento apreendido fundamentou suas investigações, informando que seria a mesma “Lista do Mourão”, que vem tendo sua autenticidade questionada pelo Ministro Gilmar Mendes.

Gilmar apresentou denúncia contra Carta Capital fundamentando-se na alegação de falsidade. O Relatório da Polícia Federal, esteve “sumido” desde 2004 na Procuradoria Geral da República e no Supremo Tribunal Federal.

Novojornal está checando os fatos denunciados e informados no manifesto recebido dos integrantes da PGR para só então publicá-los.

A verdade e que diante do relatório, comprova-se que a lista divulgada por Carta Capital não e falsa, desta forma merece investigação a presença do nome do Ministro Gilmar Mendes como um dos beneficiados pelo esquema, dando novo rumo ao processo do, ”Mensalão do PSDB”.

O PIG recua! O MENSALÃO TUCANO VAI RESPINGAR!

Ontem o JN nem mostrou as baixarias de D. Joaquim, e quase não houve aparição do pleno do STF. Acabou a eleição, acabou a "pigação".
A "hehehende" já diz que Marcos Valério está fantasiando. O Estadão demonstra que não vai mais falar dele. 
No Rio o Goebbels nem tchum para as "pseudo acusações" da oposição - que diga-se de passagem, teve um "pulo fora" do DEM, que não é trouxa de entrar nessa, com ACM neto dependendo de DILMA para "prefeitar" Salvador. - o Goebbels até citou, mas sem peso maior.
Mas o PIG sabe das coisas, antes de nós. mas nós também sabemos.
Eis aqui o motivo: (do 247)
No texto do jornalista Fausto Macedo, um dos mais experientes profissionais da imprensa brasileira, está dito textualmente por Marcelo Leonardo (foto), advogado de MV, o que vai a seguir:
"Entreguei, na ocasião, a lista com os nomes de parlamentares e ex-parlamentares, 79 nomes ao todo, com valores recebidos e comprovantes. Mas ele (Antonio Fernando) entendeu que o crime estava prescrito porque os fatos se deram em 1998. O procurador considerou que, como crime eleitoral, já estava prescrito, e a pena é pequena".
Ou seja: Marcos Valério entregou ao mesmo procurador que denunciou o mensalão petista, que está sendo julgado, o nome de 79 políticos beneficiados pelo mensalão tucano. Mais: entregou recibos e comprovantes de depósitos. Mas nada se fez a respeito.
Além de ouvir o advogado Marcelo Leonardo, Fausto Macedo também entrevisou o ex-procurador Antonio Fernando, que foi sucedido por Roberto Gurgel. "Faz tanto tempo que saí de lá, quase quatro anos, que sinceramente não tenho lembrança desse caso específico", disse Antonio Fernando, num surto de esquecimento. "Tenho quase certeza de que não se tratou de crime eleitoral, mas acho que era a tal lista de Furnas sobre a qual havia dúvida de sua autenticidade".
Não, Dr. Antonio Fernando. Na verdade, eram recibos de depósitos apresentados pelo próprio depositante, Marcos Valério. Para checar a autenticidade, bastaria buscar os registros bancários. Cabe, agora, à procuradoria-geral da República informar o que foi feito com as provas apresentadas por Marcos Valério contra 79 políticos beneficiados pelo mensalão tucano, que foi abastecido com recursos das estatais Copasa (R$ 1,5 milhão), Comig (R$ 1,5 milhão) e Bemge (R$ 500 mil).

“Não apareceu metade da missa”, diz Arruda sobre mensalão do DEM

O ex-governador do DF José Roberto Arruda deu seu depoimento sobre o mensalão do DEM
Dois anos e meio após ser preso e ter o mandato cassado acusado de ser chefe do esquema criminoso batizado de mensalão do DEM, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda deu o primeiro depoimento na terça-feira à Justiça.
Ele negou as acusações, disse que foi vítima de vingança de inimigos e, dando socos na mesa, ameaçou ir à forra: “Já que destruíram minha vida mesmo, não tenho pressa. Só digo uma coisa: ainda não apareceu nem metade da missa.”
Arruda está indiciado na ação penal 707, que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, podendo pegar mais de 20 anos de prisão caso seja condenado. Ele foi ouvido no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, por delegação do ministro Arnaldo Esteves Lima, relator da ação. A quadrilha, segundo as investigações da Polícia Federal, teria desviado mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos em seis anos.
O delator do esquema, o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, que também depôs na terça-feira, reafirmou a denúncia de que Arruda comandava a organização criminosa. Ele disse que pagava as contas do ex-governador com “dinheiro sujo”, inclusive viagens internacionais. “Deixava dinheiro escondido, dólares, em um banheiro para ele”, afirmou. Explicou que Arruda frequentava a casa dele e que teria deixado dinheiro de contratos de informática até com a sogra dele.
Exaltado, Arruda negou as acusações e disse que todos os diálogos apresentados por Durval e periciados pela PF foram editados e manipulados. “Acabaram com a minha vida pública porque eu não cedi às chantagens desses bandidos”, garantiu. Mas entrou em contradição e admitiu que, após eleito, recebeu os empresários financiadores de sua campanha, que teriam lhe cobrado a fatura. “Financiamento privado de campanha é fonte de crise permanente”, observou ele, citando como exemplo o mensalão petista do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Um dos maiores esquemas de corrupção da política brasileira, o mensalão do DEM foi desmantelado em novembro de 2009 pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema consistia no desvio de recursos públicos em contratos “viciados”, cobrança de propina de empresários que tinham negócios com o governo e rateio de caixa dois entre autoridades e políticos da base aliada. Entre 2000 e 2009, teriam sido desviados mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.
Além de Arruda, figuram na lista de 37 denunciados pelo Ministério Público o vice-governador Paulo Octávio Pereira, dez deputados e ex-parlamentares, secretários de Estado e autoridades. Em 20 de setembro, no último despacho sobre o caso, o ministro relator transformou o inquérito criminal 650 na ação penal 707, tornando os acusados formalmente em réus. Eles responderão pelos crimes de corrupção – ativa e passiva -, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O dinheiro era desviado por meio de contratos, a maioria na área de informática, com dispensa de licitação. Outro mecanismo consistia no reconhecimento de dívidas relativas a serviços não realizados ou superfaturados.
- Generosíssimos pagamentos eram feitos a diversas empresas, muitas do setor de informática e, claro, em retribuição aos pagamentos, os empresários e proprietários mantinham pagamentos regulares, mensais a diversas pessoas do governo – explicou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quando entregou a denúncia, em junho.
A ação corre no STJ porque um dos acusados, o conselheiro Domingos Lamoglia, do Tribunal de Contas do DF, tem direito a foro especial. Se ele renunciar ao cargo, o caso desce para a Justiça Federal de primeira instância, uma vez que nenhum dos demais réus tem prerrogativa de foro especial. A denúncia demorou mais de dois anos a ser entregue porque o MP, segundo Gurgel, teve de refazer quase todo o inquérito da PF, que deixou de fora vários envolvidos no esquema, entre os quais os deputados que aprecem em fitas de vídeo embolsando propinas.
Por ocasião da abertura do inquérito, em novembro de 2009, a procuradora da República Raquel Dodge anexou 30 vídeos que revelam em detalhes como funcionava a máquina de arrecadação e distribuição de propina. O primeiro mostra Arruda recebendo R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa, operador do esquema, que depois se tornou delator e terá benefícios penais por isso.
Há fitas com acusados colocando dinheiro na cueca, nos bolsos, em pastas e bolsas. O ex-presidente da Câmara Distrital Leonardo Prudente aparece enfiando maços de dinheiro nas meias. O ex-corregedor da Casa deputado Júnior Brunelli, que é pastor evangélico, aparece em outro vídeo recebendo dinheiro e fazendo a oração da propina junto com Durval e Prudente. A deputada Eurides Brito foi cassada depois do vídeo em que põe dinheiro na bolsa.
A deputada federal Jaqueline Roriz, que aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro de Durval, também depôs na terça-feira. Ela disse que se tratava de recursos para ajuda de campanha e que não sabia que a origem era ilegal.
Brasil Atual

Bomba: 'mensalão' da Visanet no governo FHC abasteceu campanha tucana de 2002

Seguindo o caminho do dinheiro, descobre-se onde foi parar uma parte...
Provas indiciárias mostram que o chamado "mensalão" da Visanet abasteceu a campanha do deputado Edson Aparecido (PSDB/SP) em 2002.

Hoje, o deputado tucano é Secretário estadual de Assuntos Metropolitanos do governo Alckmin (PSDB), e coordenador de campanha de José Serra (PSDB) na eleição deste ano.

O inquérito n. 2474/STF, também nas mãos do Ministro Joaquim Barbosa, traça o caminho do dinheiro da Visanet para a DNA Propaganda, nos anos de 2001 e 2002, durante o governo FHC.

Grande parte desse dinheiro foi repassado para a empresa Takano Editora e Gráfica, o que foi identificado já na CPI dos Correios.

A Polícia Federal investigou mais um pouco e apontou que boa parte dos serviços não foram prestados, pedindo maiores investigações sobre esta empresa que, estranhamente, faliu um mês após Roberto Jefferson dar a entrevista sobre o "mensalão".

Não é preciso ser policial federal para consultar as doações de campanha da referida empresa nas eleições de 2002. A maior doação declarada ao TSE dessa empresa foi R$ 103.300,00 ao deputado Edson Aparecido (PSDB-SP).

Esses R$ 103 mil foram receitas declaradas como doação de valor estimado. Na coluna das despesas aparece o mesmo valor sem identificar o fornecedor, o que indica que possa ser a própria Takano que doou material gráfico de campanha e declarou o valor do material como doação.

Nas eleições de 2002, Geraldo Alckmin também declarou ter recebido uma doação de R$ 4.000,00 desta mesma empresa.

O inquérito 2474 aponta que alguns milhões transitados pela Takano não tiveram destino identificado ainda, o que gera suspeita de ter alimentado caixa-2 de campanhas tucanas, em 2002.

http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2011/04/Doc_Parte_1_60WEB.pdf
Laudos da PF mapeiam o caminho do dinheiro até a gráfica Takano
Doação de campanha estimada de R$ 103.300,00 indica que é valor de material gráfico

Despesa no mesmo valor da receita indica que, muito provavelmente, trata-se de material de campanha doado pela gráfica. Porém a empresa foi abastecida antes com dinheiro pago do chamado "mensalão" da Visanet.

Estes fatos comprovam mais uma vez que o "mensalão tucano" não foi "mensalão mineiro", como a imprensa demotucana vendeu em suas páginas. E este caso é só a ponta do iceberg.

Apesar dos fatos desta transação terem ocorrido em 2002, portanto antes do que ocorreu envolvendo petistas, o Procurador-Geral da República e o ministro relator Joaquim Barbosa, tomaram a decisão política de dedicarem-se aos fatos ocorridos posteriormente, a partir de 2003, deixando o envolvimento de tucanos para segundo plano. Assim com fizeram no caso Eduardo Azeredo de 1998.

Lista de Furnas: advogados do PSDB pressionam preso

Depois de encarcerado e agredido dentro de presídio, Monteiro recebe proposta de parlamentares do PSDB para mentir sobre a Lista de Furnas

O Conversa Afiada republica e o Broguero re-republica, grave denúncia do Novojornal, de Minas, sobre as tentativas dos tucanos de Minas de destruir a Lista de Furnas, onde o PSDB está atolado até o pescoço.

Leia a integra da denúncia:
DEPUTADOS DO PSDB VÃO A PRESÍDIO PRESSIONAR PRESO POLÍTICO

Depois de encarcerado e agredido dentro de presídio, Monteiro recebe proposta de parlamentares do PSDB para mentir sobre a Lista de Furnas

Em tempos obscuros da democracia brasileira Graciliano Ramos, detido pela Polícia Política do regime então vigente escreveu uma obra prima da literatura nacional, “Memórias do Cárcere”. Mesmo sem o talento do escritor, o lobista Nilton Antonio Monteiro narra o mix de terror, pressão, dinheiro e poder a envolver notadamente o primeiro período em que ele foi preso.

De acordo com o mesmo, em documentos autenticados página por página para o Novojornal, “o fato foi determinado ao delegado Márcio Nabak por influência do atual deputado federal por Minas Gerais, Eduardo Brandão de Azeredo (PSDB), do atual secretário de Governo, Danilo de Castro, da juíza Rosimeire das Graças do Couto, do promotor Adriano Botelho Estrela, da promotora Rita de Cássia Mendes Rolla, do ex-presidente da OAB Seção de Minas Gerais, advogado Raimundo Cândido Júnior, do empresário e ex-deputado federal Vittorio Medioli, do ex-tesoureiro de campanha do senador Eduardo Azeredo, Cláudio Mourão, do empresário Antônio Pontes Fonseca, proprietário da Calsete Siderúrgica Ltda., na cidade de Sete Lagoas e integrantes da Felipe Amodeo Advogados Associados”.

Para Nilton Antonio Monteiro, a entrada do delegado Márcio Nabak na história, substituindo o colega dele João Otacílio Silva Neto na qualidade de chefe do Deoesp, “teve exatamente a finalidade de tentar desqualificar a Lista de Furnas”, além de desqualificá-lo pessoalmente.

O lobista faz uma acusação grave ao afirmar que antes de ser preso o delegado Nabak, já substituindo João Otacílio, lhe fez “uma proposta milionária dizendo-se portador da cifra de cinco milhões de reais provenientes dos cofres de Vittorio Medioli, Antônio Pontes Fonseca e Felipe Amodeo, para ser dividido entre os dois, para que todos os problemas fossem encerrados”, principalmente o caso a envolver a Lista de Furnas.

Para a viabilização do pretendido bastava a Nilton Antonio Monteiro reconhecer como falsa a Lista de Furnas, o que teria gerado sérias conseqüências para o deputado estadual mineiro Rogério Corrêa, do Partido dos Trabalhadores – PT – e mais pessoas ligadas a ele. Nilton afirmou não poder aceitar a proposta, “pois a lista é reconhecidamente autêntica”.

Além disso, o delegado Márcio Nabak pediu todos os documentos envolvendo o secretário Danilo de Castro. Principalmente o que consta o nome de José Tasso de Oliveira, ex-diretor da Espírito Santo Centrais Elétricas S/A – Escelsa.

Nilton acusa a autoridade policial de ter desaparecido com peças do inquérito e salienta que fez, sem sucesso, denúncias à Corregedoria da Polícia Civil, à Fazenda Pública e ao Ministério Público de Minas Gerais.

A primeira prisão dele “ocorreu na porta da Corregedoria no dia 20 de outubro de 2011, ligada à prisão, em Vila Velha, no Espírito Santo, de Maria Maciel de Souza, posteriormente transportada para Belo Horizonte.

Horror