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Que mistérios tem "Marília"?!

A conta secreta do propinoduto

Documentos vindos da Suíça revelam que conta conhecida como "Marília", aberta no Multi Commercial Bank, em Genebra, movimentou milhões para subornar homens públicos e conseguir vantagens para as empresas Siemens e Alstom nos governos do PSDB paulista

Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura

Na edição da semana passada, ISTOÉ revelou quem eram as autoridades e os servidores públicos que participaram do esquema de cartel do Metrô em São Paulo, distribuíram a propina e desviaram recursos para campanhas tucanas, como operavam e quais eram suas relações com os políticos do PSDB paulista.
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A CONTA DA PROPINA
Dinheiro para tucanos saiu da “conta Marília” no
Leumi Private Bank, em Genebra, na Suíça
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Agora, com base numa pilha de documentos que o Ministério da Justiça recebeu das autoridades suíças com informações financeiras e quebras de sigilo bancário, já é possível saber detalhes do que os investigadores avaliam ser uma das principais contas usadas para abastecer o propinoduto tucano. De acordo com a documentação obtida com exclusividade por ISTOÉ, a até agora desconhecida “conta Marília”, aberta no Multi Commercial Bank, hoje Leumi Private Bank AG, sob o número 18.626, movimentou apenas entre 1998 e 2002 mais de 20 milhões de euros, o equivalente a R$ 64 milhões. 

O dinheiro é originário de um complexo circuito financeiro que envolve offshores, gestores de investimento e lobistas.
Uma análise preliminar da movimentação da “conta Marília” indica que Alstom e Siemens partilharam do mesmo esquema de suborno para conseguir contratos bilionários com sucessivos governos tucanos em São Paulo. 

 Segundo fontes do Ministério Público, entre os beneficiários do dinheiro da conta secreta está Robson Marinho, o conselheiro do Tribunal de Contas que foi homem da estrita confiança e coordenador de campanha do ex-governador tucano Mário Covas. 

Da “Marília” também saíram recursos para contas das empresas de Arthur Teixeira e José Geraldo Villas Boas, lobistas que serviam de intermediários para a propina paga aos tucanos pelas multinacionais francesa e alemã.
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ELO ENTRE OS ESQUEMAS
Ligado aos tucanos, o lobista Arthur Teixeira, dono de offshores
no Uruguai, recebeu recursos da “conta Marília”
O lobista Arthur Teixeira personifica o elo entre os esquemas Alstom e Siemens. 

Como ISTOÉ já revelou numa série de reportagens recentes, com base nas investigações em curso, Teixeira e seu irmão Sérgio (já falecido) foram responsáveis por abrir as empresas Procint e Constech, além das offshores Leraway Consulting e Gantown Consulting, no Uruguai, com o único objetivo de servir de ponte ao pagamento de comissões a servidores públicos e a políticos do PSDB. 

Teixeira tinha acesso privilegiado ao secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e ao diretor de Operação e Manutenção da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), José Luiz Lavorente, o encarregado da distribuição em mãos da propina.
Até 2003 conhecido como Multi Commercial Bank, depois Safdié e, a partir de 2012, Leumi Private Bank AG, a instituição bancária tem um histórico de parcerias com governos tucanos. 

Em investigações anteriores, o MP já havia descoberto uma outra conta bancária nesse banco em nome de Villas Boas e de Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes Metropolitanos de SP (1994, gestão de Luiz Antônio Fleury Filho) e ex-diretor dos Correios (1997) e de projetos de ensino superior do Ministério da Educação (2000 a 2003) na gestão Fernando Henrique Cardoso. 

Apesar de estar fora da administração paulista numa das épocas do pagamento de propina, Fagali manteria, segundo a Polícia Federal, ascendência e contatos no governo paulista. Por isso, foi indiciado pela PF sob acusação de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. 

Fagali Neto também é irmão de José Jorge Fagali, que presidiu o Metrô na gestão de José Serra. José Jorge é acusado pelo MP e pelo Tribunal de Contas Estadual de fraudar licitações e assinar contratos superfaturados à frente do Metrô.
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Para os investigadores, a “conta Marília” era usada para gerenciar recursos
de outras contas destinadas a abastecer empresas e fundações de fachada
Para os investigadores, a “conta Marília” funcionaria como uma espécie de “conta master”, usada para gerenciar recursos de outras que, por sua vez, abasteceram empresas e fundações de fachada, como Hexagon Technical Company, Woler Consultants, Andros Management, Janus, Taltos, Splendore Associados, além da já conhecida MCA Uruguay e das fundações Lenobrig, Nilton e Andros. 

O MP chegou a pedir, sem sucesso, às autoridades suíças e francesas o arresto de bens e o bloqueio das contas das pessoas físicas e jurídicas citadas. Os pedidos de bloqueio foram reiterados pelo DRCI, mas não foram atendidos. Os investigados recorreram ao STJ para evitar ações similares no Brasil.
O MP já havia revelado a existência das contas Orange (Laranja) Internacional, operada pelo MTB Bank de Nova York, e Kisser (Beijoqueiro) Investment, no banco Audi de Luxemburgo. 

Ou seja, “Marília” é mais um nome próprio no dicionário da corrupção tucana. Sabe-se ainda que o cartel operado pelas empresas Siemens e Alstom, em companhia de empreiteiras e consultorias, usava e-mails cifrados (leia quadro).
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RELAÇÃO COM FHC
Um dos beneficiários da propina oriunda da Suíça, Geraldo Villas Boas
mantinha uma conta conjunta com Jorge Fagali Neto, ex-diretor de projetos do
Ministério da Educação (2000 a 2003) na gestão de Fernando Henrique Cardoso
Os novos dados obtidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça dão combustível para o aprofundamento das investigações no Brasil. 

Além do processo administrativo aberto pelo Cade sobre denúncia de formação de cartel nas licitações de São Paulo e do Distrito Federal, outras duas ações sigilosas, uma na 6ª Vara Federal Criminal e outra na 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, apuram crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. 

Além de altos funcionários do Metrô, como os já citados Lavorente e Fagali, as investigações apuram a participação do ex-secretário de Energia e vereador Andrea Matarazzo, em razão de contratos celebrados entre a Companhia de Energia de São Paulo (CESPE) e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica S.A. (EPTE).
Na documentação encaminhada pelo DRCI ao MP de São Paulo, a pedido do promotor Silvio Marques, também constam novos dados bancários de vários executivos franceses, alemães e brasileiros que tiveram algum tipo de participação no esquema de propinas. São eles os franceses Michel Louis Mignot, Yves Barbier de La Serre, André Raymond Louis Botto, Patrick Ernest Morancy, Jean Pierre Antoine Courtadon e Jean Marcel Jackie Lannelongue e os brasileiros José Amaro Pinto Ramos, Sabino Indelicato e Luci Lopes Indelicato, além do alemão Oskar Holenwger, que operou em toda a América Latina. 

Na Venezuela, Holenwger é citado junto a Mignot, La Serre, Morancy e Botto em investigação sobre lavagem de dinheiro, apropriação indébita qualificada, falsificação de documentos e suposta corrupção de funcionários públicos do setor de energia.
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DA COZINHA DE COVAS
De acordo com o MP, o conselheiro do TCE, Robson Marinho (foto), homem de confiança
do ex-governador Mário Covas, recebeu dinheiro através da conta Marília 
O apoio das autoridades de França e Suíça às investigações brasileiras não tem sido tão fácil, e a cooperação é mais recente do que se pensava. 

O Ministério da Justiça chegou a pedir o compartilhamento de informações ainda em 2008 – auge da investigação da Siemens e da Alstom. Mas não foi atendido. Os franceses lembraram que, nos termos do acordo bilateral, a cooperação só pode se desenrolar por via judicial. 

Dessa forma, foi necessário notificar o Ministério Público Federal para que oficiasse junto à 6ª Vara Criminal Federal e à 13ª Vara da Fazenda Pública. O compartilhamento só foi efetivado em dezembro de 2010.
A Suíça, ainda em março de 2010, solicitou a cooperação brasileira na apuração das denúncias lá, uma vez que parte do dinheiro envolvido nas transações criminosas teria sido depositada em bancos suíços. 

Os primeiros dados, relativos à empresa MCA e ao Banco Audi de Luxemburgo, chegaram ao Brasil em julho de 2011. Foram solicitadas ainda oitivas com determinadas testemunhas, o que foi encaminhado ao MPF em São Paulo e à Procuradoria Geral da República (PGR). 

Paralelamente, a Polícia Federal abriu o inquérito nº 0006881-06.2010.403.6181, mas só no último dia 25 de julho o procurador suíço enviou às autoridades os dados bancários solicitados, por meio de uma decisão denominada “conclusive decrees”, proferida em 14 e 24 de junho. 

Foi com base nisso que a Suíça já bloqueou cerca de 7,5 milhões de euros que estavam na conta conjunta de Fagali e Villas Boas, no Safdié. Tratou-se de uma decisão unilateral suíça e a cifra não é oficial – foi fornecida ao Ministério da Justiça por fonte informal. A Suíça só permite o uso dos dados enviados em procedimentos criminais.
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Um suposto eventual escândalo

 Por Luciano Martins Costa em 01/10/2013 na edição 766
 Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 1/10/2013
Acostumados às manchetes ruidosas e aos textos definitivos durante os cinco anos em que predominou no noticiário o julgamento da Ação Penal 470, os leitores de jornais devem estar estranhando o estilo cauteloso com que a imprensa trata o episódio que envolve o governo de São Paulo em desvios de dinheiro para obras de transporte urbano sobre trilhos.

Curiosamente, o esquema de preços combinados, com evidências de pagamentos de propina, assumido publicamente e oficialmente por duas gigantescas multinacionais com sede na Europa, se transforma, nas páginas dos jornais, em “suposto esquema de cartel”.

Não que a imprensa devesse assumir o papel do Ministério Público e sair “manchetando” culpas e sentenças em casos ainda sob investigação. Isso é o que foi feito durante os anos em que o caso chamado de “mensalão” dominou o noticiário. Apenas deve causar algum estranhamento nos leitores mais atentos essa mudança de estilo na imprensa escrita.

Observe-se, por exemplo, que na noite de segunda-feira (30/9), o Jornal Nacional, da Rede Globo, foi muito mais assertivo ao noticiar o imbróglio do que foram as edições dos diários de terça (01/10). 

Também deve causar alguma inquietação nas mentes dos leitores mais curiosos a insistência da imprensa em concentrar as referências do caso nas ações das empresas envolvidas, quando há evidências de um escândalo com participação de autoridades no outro lado do esquema.

O telejornal da Globo esclareceu que o acerto para a partilha de verbas para obras do metrô e do sistema de trens em São Paulo começou durante o governo de Mário Covas, falecido em março de 2001 e substituído por Geraldo Alckmin; prosseguiu sob o governo de seu sucessor e alcançou o mandato de José Serra, que se elegeu em 2006.

Portanto, há evidências de que a história ultrapassa em muito um eventual acerto entre empresas concorrentes e se configura como um processo longo, oficial e consolidado de corrupção. Mas a imprensa se nega a ligar uma coisa com outra.

Observe-se, por exemplo, que na primeira página do Estado de S. Paulo, na edição de terça-feira (1), trata-se de um “suposto esquema de cartel”, enquanto a reportagem publicada no interior do mesmo jornal fala sobre “suposto esquema de pagamento de propinas a servidores públicos e dirigentes de estatais”.

 Noticiário cauteloso

Já a Folha de S. Paulo traz um texto curto sobre o assunto, menor do que o espaço destinado pelo carioca O Globo. O jornal paulista informa que a Justiça quebrou o sigilo das contas bancárias de 11 indiciados num dos inquéritos sobre o pagamento de suborno a políticos e servidores por conta de contratos para obras nos setores de transportes e energia. 

Quase metade da reportagem é dedicada ao chamado “outro lado”, com respostas e justificativas dos advogados de alguns dos acusados.

Nada contra, pois, afinal, a cada acusação deve corresponder o direito de defesa equivalente.

Não se trata, porém, da rotina observada em outros casos de corrupção noticiados pela imprensa nos últimos anos. O comum, no comportamento dos jornais, tem sido a abertura de manchetes sucessivas, negligenciando o direito de defesa dos acusados, transformando em escândalo toda denúncia, inclusive criando jargões e apelidos para fixar melhor na memória do leitor os detalhes de cada enredo. 

Assim, pulularam nas primeiras páginas expressões como “propinoduto”, “mensalão”, “valerioduto” e outras invenções que têm mais claramente a função de consolidar opiniões do que de informar.

Também é interessante observar que, juntando-se o noticiário esparso sobre as supostas irregularidades envolvendo obras de expansão do metrô paulistano e do sistema de trens metropolitanos, existem duas fontes básicas de informações dizendo praticamente a mesma coisa. 

Uma delas nasceu da disposição da empresa alemã Siemens de mudar sua política de governança, adotando mais transparência e enfrentando os pecados de antigos executivos. A revelação de que havia um esquema de cartel nas concorrências para obras e manutenção do sistema de transporte em São Paulo surgiu desse movimento da empresa.

A outra tem origem na investigação sobre as atividades da francesa Alstom, que vem sendo denunciada por razões semelhantes, e que acaba de produzir a quebra de sigilo das contas de alguns dos acusados, conforme noticiou o Jornal Nacional na segunda-feira (30/9) e segundo os jornais da terça-feira.

Uma pergunta que muitos leitores devem estar fazendo é: se a imprensa está tratando de duas vertentes do mesmo caso, com uma origem comum, por que o noticiário vem dividido em duas partes, como se se tratasse de um escândalo da Siemens e outro da Alstom?

Eremildo, o Idiota, aquele personagem criado pelo jornalista Elio Gaspari, deve estar muito encafifado com isso.

Midia canalha diz que "tremsalão dos tucanos" é "cartel"

Todos os que têm um minimo de inteligência usável sabem que o que houve em São Paulo foi um autentico "tremsalão", ou seja, pagamento de propina para se usada nas últimas 3 eleições desse pais. 
A midia canalha esconde seus protegidos, como sempre. Hoje, põe lá que "um petista era o chefe da corrupção". 
Quando é o PT é corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha. 
Quando é do PSDB é "formação de cartel".
O JN de ontem foi vergonhoso. Mostra que a SIEMENS (rapaz eles devem estar querendo matar o executivo, aquele, que denunciou) não fala nada. 
A empresa é clara: é delação premiada. E ponto.
São 547 milhões de reais (10 "mensalões") que entraram nos cofres dos PSDB.
Eles, que toda hora "tem acesso a processos judiciais e escutas" não investigam nada a respeito de como, e onde foi aplicado a propina. Aliás a palavra propina, bem como corrupção não aparecem em nenhum noticiário. 
A moda agora é cartel!
Uma vergonha!
Que isso sirva de alerta àqueles que adoram dar entrevistas a essa midia canalha. 
Ano que vem é ano de eleições gerais no Brasil.
Imagina o que eles farão, para esconder:
- o tremsalão paulista
- o mensalão mineiro.
TODOS ele capitaneados pelos tucanos, do PSDB.
Eles vão esconder o tempo todo.
Caberá a nós, da blogosfera, manter o tempo todo na crista da onda esses assuntos!
É uma obrigação!

Tucanos: foram eles que começaram TUDO......em termos de corrupção!

Esquema Siemens operou na administração de Aécio Neves, denuncia empresário

Correio do Brasil -
Por Redação - de Belo Horizonte

Brockveld denunciou esquema da Siemens no governo mineiro durante a era FHC
Em meio ao escândalo do chamado ‘propinoduto tucano’, denunciado pela Siemens, em que empresas fornecedoras de equipamentos e de serviços em trens e metrô nas gestões Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin superfaturaram R$ 577 milhões, o equivalente a 30% a mais do que os governos pagariam se não houvesse esquema, outros casos envolvendo a empresa igualmente estão sendo investigados, mas ainda permanecem ofuscados. Os fatos foram publicados no jornal mineiro Novo Jornal.

Leia, a seguir, os detalhes da denúncia:

Até 2005, repousou em uma gaveta do empresário catarinense Edson Maurício Brockveld um envelope lacrado de papel pardo. Em uma das faces do invólucro estão registradas cinco assinaturas de membros da Comissão Especial de Licitação dos Correios. Dentro, segundo ele, está a prova de que a corrupção na ECT começou, ou tinha prosseguimento, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso.

Dono da Brockveld Equipamentos e Indústria Ltda., o empresário esperou até 2005, ocasião da CPMI dos Correios para abrir publicamente o envelope. Seu objetivo era provar ter sido preterido em uma concorrência, em 2000, em favor de duas empresas estrangeiras, a alemã Siemens e a francesa Alstom, ambas com propostas supostamente superfaturadas.

Brockveld alega ter calculado em R$ 48 milhões o contrato de compra de equipamentos de movimentação e triagem de carga interna oferecido à ECT. A dupla vencedora cobrou quase o dobro. De quebra, diz o empresário, as escolhidas passaram a gerenciar outros três contratos no valor de US$ 100 milhões (R$ 230 milhões).

Em 22 de dezembro de 1999, a ECT abriu a concorrência internacional 016/99 para compra e manipulação de equipamentos de sistemas de movimentação e triagem interna de carga. Interessado no negócio, Edson Brockveld conta que, nos dois anos anteriores à licitação, desenvolveu, junto ao setor de engenharia dos Correios, diversos equipamentos e realizou testes em parceria com as empresas Portec e Buschman, ambas dos Estados Unidos.

Segundo ele, a pedido da diretoria da ECT, a Brockveld Equipamentos chegou a trazer engenheiros americanos para fazer as demonstrações e, assim, ganhar a confiança da direção da estatal. O presidente da empresa era Hassan Gebrin, ligado aos grupos políticos do então governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), e do ex- senador e ex-governador também do Distrito Federal José Roberto Arruda (PFL-DF).

A indicação havia sido avalizada pelo então ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga. Para garantir uma boa posição no processo licitatório, a Brockveld fez um consórcio com a japonesa NEC, uma das gigantes mundiais do setor de tecnologia de ponta. Pelo acordo, cada empresa seria responsável por um setor.

A empresa brasileira cuidaria do maquinário de movimentação postal e a NEC dos equipamentos de comunicação e segurança. Dois dias antes da licitação, no entanto, sem nenhum sinal prévio, conta Edson, o então diretor da NEC no Brasil, Marcos Sakamoto, informou à Brockveld que não poderia participar da licitação.

Alegou, segundo o empresário catarinense, atender a um pedido da direção da Siemens, que não queria a participação das duas empresas na licitação. No dia da abertura das propostas, Edson Brockveld diz ter sido diretamente convidado pelas empresas Mannesmann Dematic Rapistan, Siemens e Alstom a não participar da concorrência da ECT, pois estaria tudo certo que as duas últimas seriam as vencedoras da licitação.

Brockveld alega ter ignorado a oferta e participado, assim mesmo, do processo. No dia da licitação, o edital previa que fossem abertos os envelopes relativos à habilitação técnica e comercial. Porém, ao ser constatado que a Brockveld Equipamentos iria participar da licitação, e pelo fato de os concorrentes não saberem se a empresa estava ou não com os documentos em ordem, foi feita uma proposta à ECT de emissão de um parecer único da proposta técnica e de habilitação, em desacordo com o estabelecido no edital de licitação.

Feito isso, a Brockveld e a Mannesmann acabaram sumariamente inabilitadas tecnicamente. A Mannesmann imediatamente recorreu, mas teve o pedido indeferido. Ambas receberam, lacrados, os envelopes com as propostas de volta. Siemens e Alstom foram às escolhidas. Detalhe: a empresa francesa embolsou US$ 15 milhões e deu o cano na ECT, por este motivo foi processada pelos Correios e substituída em seguida, pela NEC.

Logo depois, a direção da Brockveld foi procurada pelas empresas vencedoras. Teriam pedido para que ela não entrasse com recurso administrativo. Em troca, os executivos da Siemens e da Alstom dariam parte do projeto para a perdedora. Ou seja, comprariam da empresa brasileira os equipamentos previstos no contrato.

Com a Alstom, o acordo foi assinado na noite do dia 23 de fevereiro de 2000. A empresa foi representada, segundo Edson Brockveld, por um diretor chamado Jean Bernard Devraignes. A Siemens, no entanto, esperou a data-limite para entrada de recurso, 24 de fevereiro de 2000, para assinar o acordo, em Brasília.

Naquele dia, para ter certeza de que tudo sairia conforme combinado, Hélcio Aunhão, diretor da Siemens, foi ao aeroporto da capital federal encontrar com Brockveld, então disposto a entrar com o recurso administrativo contra o resultado da licitação, o que nunca aconteceu. Depois de assinados os contratos, no entanto, as empresas vencedoras não honraram os acordos.

Edson Brockveld, então, esperou o momento certo de se vingar. A crise desencadeada a partir das denúncias de corrupção, justamente nos Correios, lhe pareceu à oportunidade ideal. O empresário foi ao Congresso Nacional para entregar toda a documentação sobre o caso a então senadora, hoje ministra Ideli Salvatti.

Disse a ela ter tomado a iniciativa de denunciar o caso cinco anos depois porque, impedido de participar da licitação e traído por empresas internacionais, achava que a CPMI dos Correios iria se interessar pelo caso. Por isso havia decidido ir pessoalmente ao Senado. Ele disse à senadora que, em princípio, não teria interesse em entrar em briga judicial contra a ECT, mas pretendia acionar a Siemens e a Alstom por quebra de contrato.

O diretor-regional de Vendas da Siemens no Brasil, Hélcio Aunhão, negou, na Sub-relatoria de Contratos da CPMI dos Correios, as acusações de que a empresa teria feito conluio com a Alston para que a Brockveld se retirasse da licitação do sistema de triagem interna de cargas dos Correios.
Aunhão confirmou ter assinado termos de intenção de compra de alguns equipamentos com a Brockveld, transação que, segundo Edson Maurício, serviria para compensar a empresa que se retirou, mas disse que a compra não foi realizada porque a empresa fornecedora não teria cumprido as condições estipuladas no contrato.

O sub-relator, então deputado federal, hoje Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, afirmou na audiência que a CPMI iria solicitar ao Ministério Público o aprofundamento da investigação sobre o caso.

O Ministério Público brasileiro obteve de autoridades da Suíça, este ano, a confirmação da existência de contas do operador do esquema junto ao Metrô de São Paulo, Roberto Marinho, no exterior. Agora, espera-se no MP a chegada de novas informações, vindas do Principado de Liechtenstein, vizinho à Suíça, de forma a rastrear o trânsito de grandes recursos no circuito de empresas e bancos do paraíso fiscal.

Segundo as autoridades o alimentador desse esquema seria a multinacional Alstom, que teria feito “acordo”, com os tucanos antes mesmo da Siemens e em relação ao Metrô de São Paulo, ou seja, no período que ocorreu às irregularidades no Correios, quando Pimenta da Veiga era Ministro das Comunicações de FHC.

Na multinacional alemã, o presidente no Brasil, Peter Loscher, foi afastado do cargo, numa responsabilização indireta sobre a gestão que teria participado de um cartel formado por 15 empresas, todas participantes de um esquema de pagamento de propinas aos tucanos.

Manga na carta

Ainda segundo o autor do texto, Marco Aurélio Carone, “os mineiros, desde o Império, têm sempre na manga uma carta, como agora que, enquanto o CADE vaza informações a respeito do ocorrido em São Paulo, os arquivos permanecem fechados em relação aos acontecimentos ocorridos em Minas Gerais, sob a guarda de Rutelly Marques da Silva, Conselheiro da Light indicado por Aécio Neves”, quando ainda ocupava o cargo de governador do Estado.

A” exemplo do ex-procurador de Justiça de Minas Gerais Fernando Antônio Fagundes Reis, Rutelly, no mínimo, exerce o cargo na concessionária em claro conflito de interesse. 

Depois de pesada crítica do MPMG, Fagundes Reis, por determinação do CNMP, optou pelo cargo na Light. Rutelly, nascido em 20 de janeiro de 1975, é Bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais e Mestre em Economia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais. De 2003 a 2008, período que Aécio foi governador de Minas Gerais, exerceu o cargo de Assessor Técnico e Coordenador-Geral de Defesa da Concorrência e, posteriormente, de Coordenador-Geral de Energia da Secretaria de Acompanhamento Econômico, órgão do Ministério da Fazenda. Desde 04 de agosto de 2008 vem atuando como Secretário Adjunto desse mesmo órgão”, acrescenta o texto.

Ainda segundo o Novo Jornal, “numa entrevista para um programa de TV no auditório do Ibmec em São Paulo, Adilson Antônio Primo foi apresentado como o CEO que não fez MBA e que nunca foi demitido. Por quê? ‘Eu acho que a trajetória profissional acaba definindo os rumos que você toma dentro da empresa. Até agora, parece que não foi o rumo errado’, respondeu ele”. Dois anos depois, Primo foi demitido porque, segundo comunicado divulgado pela matriz na Alemanha, ‘foi descoberta uma grave contravenção das diretivas da Siemens na sede nacional, ocorrida antes de 2007′. 

A empresa nunca explicou o que quis dizer com ‘grave contravenção’, mas deixou vazar a informação de que Primo teve seu nome envolvido em um suposto desvio de dinheiro, ocorrido entre 2005 e 2006, que lhe teria rendido 6,5 milhões de euros”.

“Como CEO da Siemens, Adilson Primo também frequentava os eventos políticos e sociais. Não faltava aos encontros com autoridades, como ocorreu em julho de 2011, quando ele e o governador tucano Antonio Anastasia, de Minas Gerais, selaram com as mãos colocadas umas sobre as outras, como fazem os jogadores de futebol antes de entrarem em campo, o acordo para a construção de uma fábrica da Siemens em Itajubá, no sul do Estado. Já sem a presença de Primo no comando da Siemens, a empresa anunciou a desistência do projeto. O motivo seria a crise européia. 

Mas Adilson Primo foi para Itajubá, cidade que tem menos de 100 mil habitantes e é famoso no município por ocupar uma nova secretaria, encarregada entre outras atividades de conduzir a elaboração do novo Plano Diretor”, afirma.

MÍDIA: COMO SERVIR A DEUS SEM TRAIR O DIABO?

 
Nunca a sorte política do PSDB - seus caciques e derivados - dependeu tanto da indulgência da mídia conservadora como agora.
 
E nunca, como agora esse centurião de todas as horas esteve tão frágil para ajudá-los. Aliviar ou não para um PSDB mergulhado até o nariz no conluio com oligopólios e corrupção no caso das licitações para compra de vagões do metrô, em São Paulo? 
 
A hesitação no ar é tão densa que dá para cortar com uma faca. Jorros de ambiguidade escorrem dos veículos impressos no café da manhã. Num dia, como na 4ª feira passada, a Folha escondeu o escândalo retirando-o da 1ª página. 
 
Na edição seguinte, porém, o jornal precipitou a publicação de um indício de envolvimento direto de José Serra com o cartel, em 2008. Jogou a informação no papel. Sem investigar a fundo, como deveria, e fez, quando o alvo eram lideranças progressistas. 
 
Não ouviu outros executivos de empresas participantes da mesma licitação, não biografou o braço direito do governador na operação denunciada pela Siemens. Não foi até Amsterdã ouvir testemunhas, refazer os passos de Serra. 
 
A pressa em veicular uma denúncia séria sem investigação anterior  -e tampouco posterior, sintetiza um certo desespero que perpassa todo o dispositivo midiático conservador nesse momento. 
 
A angústia deriva da difícil missão que os acontecimentos impõem ao jornalismo ‘isento' nos dias que correm. Como servir a Deus sem trair o Diabo? Foi o que tentou a Folha nesse caso. 
 
De um lado, mitigar a cumplicidade pública entre ela e Serra; de outro, ao comprometer o tucano, faze-lo de forma tão frívola, que levou o jornal a omitir até mesmo reportagens anteriores de sua própria lavra, que endossariam a denúncia da Siemens. 
 
Em 26 de outubro  de 2010, a  Folha revelou que seis meses antes da licitação dos lotes 3 e 8 da linha 5 (Lilás) do metrô, sua reportagem já tivera acesso aos nomes dos vencedores das obras.
Do Carta Maior

Propinudoto TUCANO

O que dirá "O Bobo da Corte!

 Ministério Público reabre inquéritos sobre o Metrô de SP

Publicado por Associação do Ministério Público de Minas Gerais (extraído pelo JusBrasil) 

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Ministério Público de São Paulo formou uma força-tarefa para analisar 45 inquéritos que envolvem empresas suspeitas de fraudes em licitações de trens da CPTM e do Metrô. Para isso, 15 apurações que estavam arquivadas por falta de provas serão reabertas. O objetivo é fazer uma devassa nos contratos.

A medida é resultado da delação feita pela multinacional Siemens às autoridades antitruste brasileiras sobre a formação de cartel -do qual fazia parte- em licitações de trens entre 1998 e 2008, em São Paulo e no Distrito Federal. 

Ao todo, 19 empresas fazem parte das investigações desses 45 inquéritos. O número de companhias sob apuração da Promotoria coincide com o da investigação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a atuação do cartel em São Paulo.

Segundo o promotor Silvio Marques, a maioria dos inquéritos teve início em 2009 e alguns já estão em fase de realização de perícias e depoimento de testemunhas, mas poderão ter novos desdobramentos a partir das informações surgidas após a delação feita pela Siemens.

A força-tarefa será formada por dez promotores.

Segundo a Folha apurou, entre os procedimentos que serão desarquivados pelos promotores está uma investigação sobre supostas irregularidades no aumento de preços e prazos de contratos da linha 2-verde do metrô no valor de R$ 143 milhões. 

Nesse procedimento, são apuradas condutas de representantes do Metrô, da Siemens e da empresa Alstom. 

Outro inquérito reaberto trata da suspeita de fraude em um contrato no valor de cerca de R$ 20 milhões.

Ele é referente a serviços de revisão e fornecimento de materiais para 21 trens em uso em linhas da CPTM. Nesse caso, a Alstom é suspeita. Uma investigação sobre um contrato da CPTM no valor de R$ 15 milhões para prestação de serviços de recuperação de 28 trens também saiu da gaveta e indica a Alstom como investigada. 

Ontem os promotores se reuniram com advogados das empresas envolvidas em busca de informações sobre as operações sob apuração. ( www.uol.com.br)

Testemunha desvenda esquema de propina do Metrô de SP e do DF

Dinheiro de “caixinha” vinha por meio de duas offshores do Uruguai, segundo documentos
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Documento mostra acordo entre a Siemens Ltda., com sede em São Paulo, e a Gantown Consulting S/A, com sede no Uruguai

Informações sigilosas de uma importante testemunha vão ajudar a desvendar um esquema internacional de propina que, segundo denúncias, teria sido montado no Brasil pelas multinacionais Alstom e Siemens.

Uma figura que acompanhou de perto contratos firmados nos últimos anos pelas duas empresas com os governos do PSDB em São Paulo e do DEM no Distrito Federal para a compra de trens e manutenção de metrô passou a fazer novas revelações e a esmiuçar os caminhos do propinoduto europeu em direção ao Brasil.

Supostos “acertos” e negociações atribuídos a representantes das duas companhias estão em um documento elaborado por essa fonte e encaminhado ao Ministério Público de São Paulo. 

Contatada pelo R7, a testemunha - que se identifica apenas como F. e teme ser fotografada por causa de represálias – dá detalhes de como a propina chegava ao Brasil por meio de duas offshores (paraísos fiscais), a  Leraway e a Gantown, sediadas no Uruguai, e de como a Alstom e a Siemens teriam se utilizado da contratação de outras empresas para encaminhar o dinheiro da “caixinha” a políticos, autoridades e diretores de empresas públicas de São Paulo e de Brasília.

F. relata esquemas supostamente arquitetados para a obtenção de contratos da linha 5 do metrô no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo; para a entrega e a manutenção dos trens série 3000 (também conhecidos como trem alemão) para o governo paulista, além da conservação do metrô do Distrito Federal.

O deputado estadual Simão Pedro (PT) encaminhará ao Ministério Público de São Paulo nos próximos dias uma representação pedindo a investigação das denúncias feitas por F..

Sob investigação na Europa
A francesa Alstom e a alemã Siemens foram alvos de investigações na Suíça e na Alemanha por causa da acusação de pagamento de suborno a políticos e autoridades da Europa, África, Ásia e América do Sul. Somente a Siemens teria feito pagamentos suspeitos num total de US$ 2 bilhões.
Um tribunal de Munique acusou a empresa alemã de ter pagado propina a autoridades da Nigéria, Líbia e Rússia. O ex-diretor Reinhard Siekaczek acrescentou que o esquema de corrupção atingiria ainda Brasil, Argentina, Camarões, Egito, Grécia, Polônia e Espanha.

Já a propina paga pela Alstom em diversos países – incluindo o Brasil -, pode ter sido superior a US$ 430 milhões, de acordo com os cálculos da Justiça suíça. No Brasil, a empresa foi acusada, por exemplo, de pagar US$ 6,8 milhões em propina para receber um contrato de US$ 45 milhões no metrô de São Paulo.

A francesa Alstom fabrica turbinas elétricas, trens de alta velocidade e vagões de metrô. Maior empresa de engenharia da Europa, a alemã Siemens faz desde lâmpadas até trens-bala. As duas companhias são concorrentes, mas em determinados momentos na disputa tornavam-se aliadas, conforme a testemunha.

Para trazer o dinheiro ao Brasil
O esquema para mandar dinheiro ao Brasil via offshore, revela F., conta com a participação das empresas Procint e Constech, sediadas na capital paulista e pertencentes aos lobistas Arthur Teixeira e Sergio Teixeira. As offshores Leraway e Gantown seriam sócias da Procint e da Constech. F. mostrou cópias de contratos firmados pela Siemens da Alemanha com as duas offshores. Segundo ele, esses contratos comprovam o envolvimento da empresa alemã no esquema.

As offshores também teriam sido utilizadas, diz a testemunha, em outros contratos com empresas como a MGE Transportes, TTetrans Sistemas Metroferroviários, Bombardier (canadense), Mitsui (japonesa) e CAF (espanhola). 

Há dois anos, parte dos documentos em poder de F. foram enviados para o Ministério Público de São Paulo e para o Ministério Público Federal. Promotores confirmaram a veracidade de informações ali contidas. No entanto, ainda não conseguiram colher o depoimento da testemunha, localizada agora pelo R7.

O promotor Valter Santin confirmou que o caso já vem sendo investigado, mas disse que não pode revelar detalhes "por ser sigiloso e envolver conexões internacionais".

Documentação
Uma documentação bem mais ampla – só agora exibida ao R7 – foi enviada por F., em 2008, ao escritório de advocacia Nuremberg, Beckstein e Partners,  da Alemanha. Na época, o escritório atuava como uma espécie de ombusdman da Siemens.

- Por que a Siemens não investigou as denúncias encaminhadas e por que a companhia no Brasil foi poupada nas investigações? Não foi por falta de informação, pois a carta mencionada revelava todos os nomes e detalhes e incluía provas dos esquemas de corrupção, avalia F.

Por meio de uma nota, a Siemens diz conduzir seus negócios “dentro dos mais rígidos princípios, legais, éticos e responsáveis” e afirma não ter firmado contrato em parceria ou consórcio “com nenhum concorrente no que tange à manutenção de metrôs”.

Na mesma linha, a Alstom afirmou em um comunicado que segue “um rígido código de ética, definido e implementado por meio de sérios procedimentos, de maneira a respeitar todas as leis e regulamentações mundialmente”.  A empresa disse que está colaborando com as investigações e “até o momento, as suspeitas de irregularidades em contratos não foram comprovadas e não estão embasadas em provas concretas”.

O Metrô de São Paulo e a CPTM afirmaram, por meio de nota, que desconhecem os fatos mencionados e esclarecem que os seus contratos firmados com qualquer empresa “obedecem à legislação específica que norteia a lisura do processo licitatório, além de serem submetidos ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE)”.

Já o Metrô do DF afirmou, em nota, que desconhece as irregularidades apontadas e que "a licitação foi acompanhada em todas as suas etapas pelos órgãos de controle externo, em especial o Tribunal de Contas do Distrito Federal". Veja a íntegra da nota:
"O Metrô-DF desconhece as supostas irregularidades apontadas anonimamente pela reportagem do Portal R7 e, ressalta que:

- O processo de licitação para a manutenção do Metrô-DF (transcorrido em gestão anterior), seguiu a modalidade de licitação de concorrência pública tipo técnica e preço, sendo que no primeiro aspecto as duas empresas finalistas receberam a pontuação máxima;

- No quesito preço, o consórcio Metroman apresentou a melhor proposta (menor preço), vencendo então a licitação;

- A licitação foi acompanhada em todas as suas etapas pelos órgãos de controle externo, em especial o Tribunal de Contas do Distrito Federal;

- O consórcio Metroman vem atendendo satisfatoriamente todas as demandas de manutenção apresentadas pelo Metrô-DF.